Moradores das comunidades rurais de Ganchinho e Botiatuva, em Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba, agora são abastecidos com água tratada em sistema implantado pela Sanepar. O complexo já está em funcionamento e atende 175 famílias que antes sofriam com constantes faltas de água e até mesmo com doenças de veiculação hídrica. A inauguração oficial da unidade será nesta sexta-feira (3).
Em parceria com a Prefeitura, a Sanepar viabilizou a ativação de um poço perfurado em 2016. Foram investidos cerca de R$ 350 mil para a instalação de uma unidade de tratamento integrada a um sistema de reservação e bombeamento, além de uma adutora com 1,8 quilômetro de extensão.
Essa tubulação leva a água do poço a dois reservatórios com capacidade total de 50 mil litros. A distribuição da água para os moradores ocorre por gravidade em uma rede de 10,5 km.
A obra foi antecipada em um ano e segue o modelo do programa Saneamento Rural da Sanepar. Nessa modalidade, a comunidade é quem faz a gestão do sistema, por meio da Associação dos Moradores do Ganchinho/Botiatuva Água é Vida. Foram instalados hidrômetros em cada moradia e o dinheiro arrecadado no pagamento da fatura será utilizado na manutenção, compra de produtos químicos, energia elétrica e manutenção de rede. O tratamento será feito pelos moradores que foram treinados pela Sanepar.
“Essa parceria com a Sanepar foi muito importante para atender a uma reivindicação antiga dessas comunidades”, afirma o prefeito de Mandirituba, Luis Antonio Biscaia. “Elas usavam poço do tipo cacimba que secava todo ano, em período de estiagem. E a água não tinha boa qualidade”, acrescenta. Nos períodos de seca, a Prefeitura levava água de caminhão-pipa para os moradores utilizarem em casa e no trato dos animais.
Segundo o prefeito, a comunidade tinha muitos problemas de saúde, principalmente entre as crianças, como vômito e diarreia. “Minha expectativa é que, agora, melhore a qualidade de vida dos moradores e até diminua o atendimento nas unidades de saúde para aquela região”, diz o prefeito.
Moradora do Ganchinho desde que nasceu, há 36 anos, a microempreendedora e presidente da Associação dos Moradores, Marilei Daniluk, afirma que toda a comunidade está bastante contente com o poço. “Se antes já tínhamos problema de falta de água, com a estiagem deste ano estava bem mais complicado. Agora, esse poço mudou completamente a nossa situação, e a qualidade da água surpreendeu bastante todo mundo”, destaca.