Esta sexta-feira (23) foi marcada por homenagens na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Faz duas semanas que a universidade perdeu profissionais na tragédia envolvendo o voo 2283, aeronave que decolou de Cascavel e caiu em Vinhedo (SP). As memórias das vítimas foram lembradas em cerimônias realizadas em Marechal Cândido Rondon e Cascavel, e reuniram professores, egressos, agentes universitários, alunos e familiares.
As vítimas foram Edilson Hobold, professor do curso de Educação Física (Bacharelado) do campus de Marechal Cândido Rondon; Deonir Secco, professor do curso de Engenharia Agrícola do campus de Cascavel; José Roberto Leonel Ferreira, professor aposentado do Curso de Medicina e Residência Médica; Raquel Ribeiro Moreira, professora do Programa de Pós-Graduação em Letras do campus de Cascavel; a médica pediátrica Sarah Sella Langer e a médica intensivista Mariana Comiran Belim, do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop).
Morreram, ainda, Ana Caroline Redivodo, Hadassa Maria da Silva e Gracinda Marina Castelo da Silva, ex-alunas dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Engenharia Química da instituição estadual de ensino superior.
Pela manhã, colegas, alunos, amigos e familiares fizeram uma cerimônia em Marechal Cândido Rondon e lembraram do professor Edilson Hobold, do curso de Educação Física. Hobold era muito respeitado. “É alguém que realmente foi Unioeste. Professor Edilson estava completando 30 anos como professor, além de ser formado aqui, ou seja, foram 34 anos dedicados a universidade” disse o diretor do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras do campus, o Arestides Pereira da Silva Júnior.
Durante a tarde, em Cascavel, a cerimônia aconteceu no Espaço Espiritual do campus. Tomados pela emoção e saudades, familiares, alunos e colegas de trabalho participaram de homenagens. A acadêmica do curso de Letras Eduarda Zanini cantou a música "O Amor é Agora", do Padre Fábio de Melo, e houve um momento emocionante com a poesia "Saudade", de Pablo Neruda.
O reitor da Unioeste, Alexandre Weber, disse que os últimos 15 dias foram os mais difíceis e tristes da história da Instituição. “É um momento para fazermos uma reflexão sobre a vida e como estamos vivendo. Que tenhamos força para superar todas essas perdas e viver esse luto, pelos nossos e pelos 62 passageiros do voo 2283. Precisamos seguir em frente e honrar o legado que essas pessoas nos deixaram”, afirmou.
A homenagem terminou no jardim do campus de Cascavel com o plantio de uma muda de Ipê Branco, considerado um símbolo de fortaleza, resistência e longevidade.