Com seis empreendimentos, PCHs e CGHs do Paraná se destacam em leilão do mercado livre

Dos 18 empreendimentos de fontes hidráulicas que fizeram negociações no certame, seis foram do Estado. Boa representatividade do Paraná é reflexo da desburocratização incentivada pelo Governo do Estado para o setor, através do programa Paraná Energia Renovável.
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02/06/2022 - 16:00
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O Paraná foi o estado com a maior quantidade de energia adquirida de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) no leilão A-4, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Das 18 geradoras de energia hidráulica que fizeram a venda no certame, seis estão instaladas no Estado. Elas comercializaram 78,5 megawatts de energia, o que representou 73% desse segmento.

A boa participação das usinas paranaenses no leilão, que é voltado ao mercado livre de energia, é reflexo da desburocratização incentivada pelo Governo do Estado para o setor, através do programa Paraná Energia Renovável.

Desde o ano passado, empreendimentos energéticos de pequeno porte passaram a ter uma nova dinâmica para a emissão de licenciamento ambiental, reduzindo o tempo de espera para a instalação.

Com isso, o prazo médio para a liberação de uma PCH passou de 814 dias, em 2020, para 60 dias atualmente. Nas CGHs, diminuiu de 261 para 53 dias no período.

INCENTIVO – Para a presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch), Alessandra Torres, a aquisição comprova a necessidade de diversificação da matriz elétrica, bem como a complementaridade entre as diversas fontes de geração. Ela atribui o posicionamento do Paraná, entre outros aspectos, ao incentivo do Governo do Estado, dos órgãos ambientais e da organização dos empreendedores.

“O Paraná possui um grande potencial hídrico e tinha dezenas de empreendimentos represados que poderiam ser autorizados. O governador Carlos Massa Ratinho Junior reconheceu a importância das pequenas usinas e ajudou a viabilizar estes empreendimentos, gerando oportunidade e crescimento econômico sustentável”, afirmou. “A geração de energia limpa e sustentável é discutida no mundo inteiro e o Paraná mostrou que é possível produzir energia com baixo impacto”.

Dados da Aneel apontam que o Paraná tem potencial para a construção de 162 novas PCHs ou CGHs. O Estado foi um dos que mais avançou no licenciamento ambiental de pequenas usinas, com 191 documentos emitidos entre Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO) para mais de 60 empreendimentos nos últimos anos.

Segundo a Abrapch, apenas no Paraná existem cerca de 1.700 megawatts de energia inexplorada, com investimentos previstos de R$ 12 bilhões. O Brasil tem potencial para expandir a sua capacidade de geração de energia renovável proveniente de PCHs em até 13.700 megawatts. Ao todo, são 1.150 usinas em operação no País, com a possibilidade de instalação de outras 1.250.

LEILÃO – As PCHs e CGHs que fecharam negócio no leilão abrangem 11 municípios do Sudoeste, Noroeste e do Centro do Estado, regiões com grande potencial de geração hidráulica. A energia das usinas paranaenses foi negociada a um preço de médio de R$ 239,91 o megawatt.

Ao todo, foram ofertados no certame mais de 75 gigawatts (GW) de energia, distribuídos em 1.894 empreendimentos das fontes eólica, solar, hidráulica, térmica e biomassa. Destes, 29 comercializaram o insumo, resultando na negociação de 251 megawatt-médio (MW-m) de energia. Deste total, 107 MW-m de energia deverão ser gerados por 14 PCHs e quatro CGHs, até 2026. Isso representa 42% do total da energia comercializada.

Os empreendimentos paranaenses que negociaram no leilão foram a PCH Cavernoso III (6,48 MW), localizada entre os municípios de Candói e Virmond; PCH Cavenoso IV (6 MW), localizada entre Catangalo e Candói; CGH Cavernoso VIII (4,99 MW), na divisa entre Guarapuava e Goioxim; PCH Córrego Fundo (10 MW), localizada entre os municípios de Colorado, Paranacity e Paranapoema; PCH Paredinha (21 MW), no Turvo; e a PCH São Luiz (30 MW), entre Clevelândia e Honório Serpa.

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