As mulheres são a maioria da população paranaense e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento mas, sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos, amigos.
Pensando nessa realidade, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem como uma de suas prioridades o desenvolvimento da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da Mulher, com ações que organizam o atendimento da população feminina em todas as etapas da vida. Do pré-natal, puerpério e aleitamento materno, até planejamento reprodutivo, climatério e atenção às mulheres em situação de violência doméstica e sexual. As ações contemplam também a prevenção dos cânceres que mais acometem a população feminina.
Para o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, as políticas públicas voltadas às mulheres devem acompanhar as necessidades delas. “Da infância ao envelhecimento, a agenda da saúde da mulher é cheia de atividades e por isso a importância de um acompanhamento permanente em todas as fases. Na Rede de Atenção à Saúde, por exemplo, as mulheres encontram assistência, amparo em um momento muito especial, que é o período em que se tornam mães”, disse.
A Linha de Cuidado Materno Infantil é uma das principais ações do Estado em relação à saúde da mulher, tendo como objetivo garantir o acesso e a oferta de assistência de qualidade às mulheres, durante a gravidez e o período puerperal, e às crianças até 2 anos de idade.
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GESTANTES – As ações contemplam o acolhimento precoce no pré-natal, a realização de no mínimo sete consultas, exames nos três trimestres gestacionais, a estratificação de risco com a vinculação ao hospital de referência, o atendimento em ambulatório especializado para as gestantes e crianças de risco, além do processo de capacitação de profissionais de saúde.
“Em 2019, a Sesa reorganizou o Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal para o envolvimento de outras instituições e de representantes da sociedade civil nas ações preventivas que evitam intercorrências na saúde da mãe e da criança”, destacou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes. “Nosso principal objetivo é dar condições para a atuação dos profissionais e serviços de saúde no atendimento adequado e de qualidade para evitar sofrimento e perdas de mães e bebês por causas evitáveis”.
CRIANÇA E ADOLESCENTE – A Linha de Cuidado à Saúde da Criança e do Adolescente promove a saúde entre o nascimento até os 19 anos de idade. Logo que a criança nasce são feitos os testes do pezinho, olhinho, orelhinha e do coraçãozinho e os resultados são anotados na Carteira de Saúde da Criança e são ações para identificação de doenças. Neste documento são também anotadas as vacinas e outras informações pertinentes ao registro do histórico de vida.
A vida adulta da mulher é permeada por cuidados que vão desde a orientação ao planejamento familiar à prevenção de doenças, além do acompanhamento das doenças crônicas. Dentre as várias existentes, a Sesa atua especialmente junto aos grupos de mulheres com problemas cardiovasculares; neoplasias; diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas, como a asma.
CÂNCER MAMA – Umas das formas de diagnosticar o câncer de mama, a mamografia é oferecida gratuitamente pelo SUS. É indicada para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. Mulheres com idade acima de 35 anos e com fatores de risco também devem fazer o exame. O ideal é que as mamografias sejam feitas a cada dois anos.
Para chamar a atenção sobre os cuidados, o Estado realiza há três anos o Paraná Rosa. A campanha estadual faz parte das ações desenvolvidas dentro do Outubro Rosa, voltada para a promoção de programas de prevenção do câncer de mama e do colo do útero, e também de outras doenças que colocam em risco a saúde das mulheres. Em 2021 foi abordado o tema “Cuide-se, ame-se, previna-se”.
COLO DE ÚTERO – A recomendação sobre o exame no colo de útero é que seja realizado nas mulheres de 25 a 64 anos que já iniciaram a vida sexual, os dois primeiros com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, os próximos podem ser a cada três anos. O Paraná tem disponível 20 laboratórios que realizam todos os exames citopatológicos e anatomopatológicos de colo de útero distribuídos no seu território.
O cuidado à mulher idosa considera que o envelhecimento é uma condição irreversível, ou seja, a evolução científica proporcionou um avanço na expectativa de vida. E as projeções indicam aumento intenso e contínuo da população idosa. Nos dias de hoje, de cada dez paranaenses, 1,5 tem mais de 60 anos. Em 2050, três de cada dez paranaenses serão idosos. Por isso, as idosas paranaenses podem contar com atendimento especializado nas unidades básicas, nos centros de especialidades e na rede hospitalar.
VIOLÊNCIA – A atenção na área da saúde ainda passa pela situação mais extrema: a violência. No Paraná, dos 4.337 casos de violência sexual registrados em 2019, 84,5% foram do sexo feminino. As secretarias da Saúde e da Segurança Pública têm um termo de cooperação técnica para o atendimento integral e humanizado às pessoas em situação de violência sexual. Com a cooperação, a coleta de vestígios é feita no próprio serviço de saúde, não sendo mais necessário que a pessoa em situação de violência sexual se desloque até uma sede do Instituto Médico Legal (IML) para fazer a coleta de vestígios e produção das provas periciais.