Com moradias para quilombolas, Cohapar entrega 178 imóveis para famílias da Lapa

O Residencial Parque dos Tropeiros é fruto da parceria entre Governo do Estado, Caixa Econômica Federal, Prefeitura da Lapa e construtora Tropeiros Empreendimentos, com investimento superior a R$ 12,2 milhões. Outras unidades também foram entregues para atender famílias quilombolas.
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18/12/2024 - 17:30
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Um final de ano de muita festa para 178 famílias do município de Lapa, Região Metropolitana de Curitiba. Nesta quarta-feira (18), a Cohapar entregou as chaves de 130 casas do Residencial Parque dos Tropeiros e de mais 48 unidades habitacionais rurais para beneficiar a população quilombola na cidade.

O Residencial Parque dos Tropeiros é fruto da parceria entre Governo do Estado, Caixa Econômica Federal, Prefeitura da Lapa e construtora Tropeiros Empreendimentos, cujo investimento superou R$ 12,2 milhões. Ele é composto por 162 casas e a entrega foi realizada por módulos, sendo 130 unidades nesta quarta, com previsão de conclusão das últimas 32 para fevereiro de 2025.

Do total de moradias do condomínio, 161 receberam subsídio pelo programa Casa Fácil, totalizando um aporte de mais de R$ 3 milhões em recursos do Estado. O repasse da verba é coordenado pela Cohapar e destinado ao público com renda de até quatro salários mínimos. Os beneficiários também conseguem descontos variados do programa Minha Casa Minha Vida, do governo do federal, e podem usar o saldo do FGTS para abatimento do saldo devedor.

A participação estadual também incluiu os convênios com Copel e Sanepar, no valor de R$ 1,1 milhão. Isso garantiu o fornecimento de materiais, entrada de serviços e instalação das redes de energia elétrica, água e esgoto, além da execução da estação elevatória do conjunto, sem custo adicional aos moradores. Como contrapartida, a prefeitura concedeu isenções nos impostos sobre Transmissão de Bens Imóveis e sobre Serviços (ITBI e ISS) e de outras taxas municipais.

Os imóveis do residencial têm metragem padrão de 40,87 m², divididos em dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, área de serviço externa e vaga de garagem. O tamanho dos lotes possibilita ampliações futuras pelos novos moradores. Já os financiamentos junto à Caixa podem ser quitados em até 30 anos, com prestações mais acessíveis que o preço do aluguel praticado na cidade.

RURAL – A outra entrega de habitações no município contemplou 48 famílias quilombolas, em projeto que integra o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). No total, foram investidos mais de R$ 2,1 milhões e o montante foi viabilizado graças à união de esforços entre o Governo do Paraná, por meio do Programa Casa Fácil, governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal, e o município.

As obras foram fiscalizadas pela equipe técnica da Cohapar, que também ficou responsável pela elaboração dos projetos construtivos. Em conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e a administração municipal, a Companhia atuou também no cadastramento e acompanhamento social das famílias atendidas pelo programa durante todas as etapas do projeto.

As residências possuem 48 m², com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, e são edificadas dentro das propriedades de cada família para substituírem moradias precárias em que essas pessoas habitavam anteriormente. Pelas novas moradias, os beneficiários pagam apenas quatro prestações simbólicas de R$ 342, sendo uma por ano.

FELICIDADE – Desde que deixou a casa dos pais, a auxiliar comercial Camila dos Santos Schoente, 27 anos, sente no orçamento o peso do aluguel. Graças ao desconto do Casa Fácil, ela conquistou o sonhado imóvel no Residencial Parque dos Tropeiros, sem precisar pagar nada de entrada e com prestações ainda mais baratas do que o que gastava anteriormente. “Não tenho nem como descrever, é uma emoção tão grande. Toda vida a gente batalhou pra ter as coisas e conseguir comprar a casa própria é indescritível”, disse.

Outra beneficiária do empreendimento é Juraci de Brito Wotcoski, auxiliar de serviços gerais de 39 anos. Ela, o marido e os três filhos, que moravam em residência cedida, contaram com o recurso do Estado e agora celebram a realização de um sonho.

“O sentimento hoje é de alegria. Depois de muita luta, conseguimos um lugarzinho pra gente chamar de lar”, comemorou. Segundo ela, o subsídio fez toda diferença para concretizar um anseio que parecia tão distante. “A gente que é renda baixa e quer conquistar um sonho, se não é a ajuda do governo às vezes se torna impossível. Mas, com essa ajuda foi possível”, concluiu Juraci.

O sorriso largo estampa os rostos da família quilombola de Cristiane da Luz Pinheiro, 31 anos. Eles, que moravam numa casa precária de madeira, recebem as chaves da casa que representa uma mudança de vida, com mais dignidade. “Estou muito feliz, era tudo o que eu mais queria. Foram muitos obstáculos, mas eu consegui. E se não fosse a Cohapar, a gente não conseguiria. A palavra é gratidão”.

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