O 33º Festival de Curitiba, evento cultural consolidado no Paraná, espera atrair grande público – interno e externo – e movimentar os setores de turismo e serviços. A programação acontece entre os dias 24 de março e 6 de abril, com apoio pela primeira vez na história do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do setor no Estado. Para a programação, são esperadas mais de 200 mil pessoas.
Além dos visitantes e plateia de fora, o evento traz também muitos profissionais e técnicos nacionais e internacionais, que chegam à Capital para trabalhar em cerca de 350 espetáculos, em 70 espaços da Capital e Região Metropolitana. O movimento impacta o turismo paranaense, uma vez que os profissionais entram em contato com os serviços ligado ao setor.
O diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes, afirma que o movimento, tanto de espectadores quanto trabalhadores da área, é benéfico ao Estado. “Precisamos entender que o setor é amplo, porque o turista é aquele que viaja a lazer ou em busca de cultura, mas também pode ser alguém que está trabalhando em um destino”, diz.
Conforme a direção do Festival, mais de 1,8 mil artistas, técnicos e profissionais da cultura devem participar do evento – direta e indiretamente – no período. Outro detalhe é que cerca de 600 desses profissionais são de fora da Capital, com diárias e passagens subsidiadas pelo Festival, para atuação em diversas frentes da ampla programação cultural.
“Ou seja, esses mais de 600 profissionais da cultura que chegam à Curitiba a trabalho também são importantes, porque eles acabam se hospedando em hotéis, frequentando restaurantes e, quando possível, visitam um ou outro ponto turístico. Isso faz a economia turística girar, colabora para a geração de empregos e movimenta toda uma cadeia produtiva que envolve o setor”, explica Irapuan Cortes.
OUTROS ESTADOS E PAÍSES – Dentro do festival acontece também a mostra Fringe. Com parte de sua programação gratuita e acessível a todos os públicos, serão ocupados teatros, praças, parques e ruas de Curitiba e Região Metropolitana, com aproximadamente 280 espetáculos, produzidos por artistas e técnicos de pelo menos 11 estados do Brasil, o Distrito Federal e outros quatro países.
Os participantes são do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e de outros países, como Argentina, Peru, Bolívia e Estados Unidos.
Fabiula Passini, diretora do Festival, ressalta sua felicidade em ver que a agenda cultural fomenta também o turismo paranaense. “A programação atrai muitos turistas apaixonados pelo teatro. Conhecemos pessoas de outros estados que tiram férias justamente na época do evento para acompanhar as apresentações, além de programadores e curadores que estão aqui especialmente para o Festival. Recebemos uma quantidade muito grande de artistas durante esse período, o que beneficia os comércios, hotéis, restaurantes, bares e pontos turísticos da cidade”, afirma.
IMPACTO – Projeções feitas pela Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos (SINDIPROM-PR) e Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares (Feturismo) – entidades filiadas à Confederação Nacional do Turismo (CNC) – apontam que o movimento do Festival de Curitiba deve ser muito benéfico ao setor.
“Em 2024, estimávamos uma movimentação superior a R$ 20 milhões, e os resultados superaram as expectativas. Para 2025, com o suporte e a soma de atrações simultâneas ao longo de 15 dias, incluindo o Festival como carro-chefe e eventos paralelos, projetamos um crescimento de 50%, alcançando cerca de R$ 50 milhões em apenas duas semanas. Esse impacto beneficia diretamente a cadeia do turismo e serviços, além de aumentar a arrecadação de ISS e outros tributos para o poder público”, afirma Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.
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ECONOMIA CRIATIVA – Não é de hoje que o Festival de Curitiba tem noção e adota ações que fomentem a economia criativa, fomentando a economia paranaense. Na edição de 2024 houve grande movimentação direta e indireta na economia da cidade, com aproximadamente 2 mil trabalhadores da cultura beneficiados com a contratação para trabalhar no evento.
Na última edição também foi realizada a Rodada de Conexões, promovendo o encontro entre curadores, programadores de salas de teatro e de festivais de todo o Brasil, companhias de teatro independentes e artistas presentes no Fringe. O encontro promoveu 480 oportunidades de negócios para companhias de teatro, o agendamento de mais de 50% de reuniões futuras entre os participantes e a expectativa real de gerar faturamento de R$ 10 milhões a R$ 11 milhões em novos negócios.
PROMOÇÃO – Na 33ª edição do Festival de Curitiba, o Viaje Paraná vai contar com espaços de promoção e divulgação do turismo estadual, um deles localizado no Teatro Guaíra, parte do circuito principal, enquanto outros dois espaços estarão disponíveis em eventos paralelos que fazem parte da programação do festival. O estande estará presente no Risorama – evento em formato de comedy club com os maiores nomes do humor do País – e no Gastronomix, que une música instrumental, artes cênicas e gastronomia.
O órgão também consta na revista oficial do evento, que compila as principais informações e a programação completa. Em uma página exclusiva dedicada ao turismo do Paraná, os leitores e participantes do festival são convidados a conhecer os arredores de Curitiba, apostando em atrativos inesquecíveis, como o trem que desce a Serra do Mar, o Parque Histórico de Carambeí (Campos Gerais) e demais opções. Saiba mais AQUI.