Com foco no pré-natal, Saúde promove capacitação para profissionais da Grande Curitiba

A atualização, que reúne cerca de 400 pessoas profissionais da Atenção Primária da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, no Teatro Positivo, em Curitiba, segue até junho. O Paraná é o estado que mais realiza consultas pré-natal por gestante.
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26/03/2024 - 12:00
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O Paraná é o estado que mais realiza consultas pré-natal por gestante. Em um contexto de 140 mil nascidos vivos ao ano, 86,10% das gestantes realizaram sete ou mais atendimentos até o nascimento do bebê. O número é maior que o estabelecido como recomendado pelo Ministério da Saúde, que orienta no mínimo seis consultas. Depois do Paraná estão São Paulo (81,70%), Santa Catarina (81,70%) e Rio Grande do Sul (81,40%).

Com foco em aprimorar ainda mais esse cuidado e garantir um atendimento de qualidade em tempo oportuno às gestantes de todo Estado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove, a partir desta terça-feira (26), o Curso de Qualificação da Assistência Pré-Natal em APS. A atualização, que reúne cerca de 400 pessoas profissionais da Atenção Primária da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, no Teatro Positivo, em Curitiba, segue até junho.

“Somos destaque nacional não só no número de consultas pré-natal, mas também nas consultas e disponibilização dos exames laboratoriais e ultrassonográficos. Esse tipo de evento fortalece ainda mais o atendimento prestado à população do Estado, especialmente às mães e crianças paranaenses”, disse o diretor-geral da Sesa, Cesar Neves.  

O Paraná possui a Linha de Cuidado Materno Infantil, que prevê um conjunto de serviços e ações com o objetivo de assegurar às gestantes o acesso, o acolhimento e a resolutividade, por meio de um modelo de atenção voltado ao pré-natal, parto, nascimento seguro e puerpério, garantindo o desenvolvimento saudável das crianças nos seus dois primeiros anos de vida. Essa Linha de Cuidado faz parte da política estadual de saúde e ainda tem estratificação de risco, ferramentas de apoio e estratégias de atendimento.

“Para que as ações de fortalecimento e capacitação sejam efetivas, precisamos que todos esses profissionais estejam envolvidos no novo pacto para redução da mortalidade materna infantil no Estado. Além do governo, é preciso o envolvimento da sociedade civil organizada com ênfase na atuação profissional em cada Unidade Básica de Saúde para que então, possamos de fato atender e acompanhar as mulheres durante todas as fases da gestação”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

CAPACITAÇÃO – A qualificação compreende nove encontros, sendo dois presenciais e os demais on-line de forma simultânea e conta com apoio da Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP). Dentre os temas abordados estão: acolhimento, manejo da sífilis, toxoplasmose, infecção urinária, medicações recomendadas e proibidas na gestação, entre outros. A capacitação permite a interação de todos os alunos e dúvidas posteriores que possam surgir.

Em 2022 já foram capacitados profissionais da 6ª RS (União da Vitória), 16ª RS (Apucarana) e 22ª RS (Ivaiporã). Em 2023, o atendimento envolveu as equipes da 1ª RS (Paranaguá), 3ª RS (Ponta Grossa), 4ª RS (Irati), 11ª RS (Campo Mourão), 13ª RS (Cianorte), 14ª RS (Paranavaí) e 18ª RS (Cornélio Procópio). Além da 2ª RS Metropolitana, o treinamento irá acontecer em 2024 também na 10ª RS (Cascavel) e 12ª RS (Umuarama), o que representa um alcance de cerca de 700 profissionais.

“As capacitações representam um momento de fortalecimento entre a gestão estadual e os profissionais que de fato executam as ações, isso nos permite a manutenção de estratégias úteis aos profissionais e revisão daquelas que são necessárias, além de aprimorar a cooperação e papel enquanto Rede de Atenção à Saúde do Estado”, ressaltou a chefe da Divisão de Atenção da Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi.

PACTO – Em dezembro do ano passado, durante o evento Saúde em Movimento, realizado pela Sesa em Foz do Iguaçu, o governador Ratinho Junior formalizou o Pacto para Redução da Mortalidade Materna e Infantil, com a adesão de 17 instituições, que assumem o compromisso de reduzir em 10% os indicadores de mortalidade materno-infantil no Paraná até 2027.

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