Com foco no bem-estar, condomínios para idosos do Paraná já são referência nacional

Em 2021, mais dois empreendimentos residenciais foram concluídos, em Foz do Iguaçu e Prudentópolis, com meta de chegar a 840 moradias em 21 municípios até o fim de 2022.
Publicação
24/12/2021 - 09:30
Editoria

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O Viver Mais Paraná, programa habitacional do Governo do Estado para atendimento a pessoas da terceira idade, teve mais dois empreendimentos concluídos em 2021. Foz do Iguaçu, na região Oeste, e Prudentópolis, no Centro-Sul, se juntaram à Jaguariaíva no grupo de cidades com condomínios exclusivos para idosos no Paraná.

Os três empreendimentos habitacionais são parte da fase inicial dos projetos, coordenados pela Cohapar, cuja meta é chegar a 21 condomínios contratados até o fim de 2022, que devem movimentar cerca de R$ 100 milhões de investimento estadual nas obras. Com isso, serão 840 moradias disponíveis à população acima dos 60 anos em locais com infraestrutura de saúde, lazer e assistência social.

Por se tratar de uma iniciativa inédita em âmbito nacional, o Viver Mais Paraná foi premiado neste ano com o Selo de Mérito, um troféu que reconhece as melhores políticas públicas de habitação em todo o Brasil.

Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, os projetos foram pensados para suprir necessidades de uma parcela cada vez maior da população paranaense e que estudos apontam se tornar majoritária até 2030.

“Daqui a 10 anos, o Paraná vai ter mais idosos do que crianças, então precisamos pensar em políticas públicas voltadas ao atendimento destas pessoas, que depois de certa idade não conseguem adquirir uma casa própria”, afirma.

“Muitos acabam sozinhos, com depressão. Criamos uma política habitacional para idosos em que eles podem conviver com outras pessoas, receber assistência médica e ter o seu lazer com o pagamento de um pequeno pedaço da aposentadoria”, conclui o governador.

PERMANENTE – Os imóveis são cedidos em um sistema de aluguel social, em que os moradores, previamente cadastros e selecionados pela companhia, pagam uma taxa fixa de R$ 165 por mês para residirem no local. Segundo o presidente da Cohapar, Jorge Lange, o modelo foi pensado para garantir que o objetivo do programa seja cumprido de forma contínua.

“O programa foi construído em cima da dificuldade da aquisição do bem e passa a ser permanente porque as pessoas não adquirem os imóveis, mas pagam um aluguel de 15% de um salário mínimo ao mês, com todos os serviços a disposição”, explica Lange.

Conforme as unidades são desocupadas, os técnicos da Cohapar destinam os imóveis a outros idosos inscritos no cadastro de pretendentes da empresa. Assim como na seleção inicial, a prioridade de atendimento é para aqueles de menor poder aquisitivo, desde que possuam renda comprovada de um a seis salários mínimos e não tenham restrições de crédito.

MELHORIAS – Após o avanço dos projetos, novas melhorias foram incorporados aos condomínios. Em Cornélio Procópio, onde as obras ultrapassaram metade do cronograma de execução, o empreendimento terá um lago privativo com pista de caminhada no entorno para uso dos idosos, oferecido como contrapartida da prefeitura.

De acordo com o presidente da Cohapar, os novos projetos contratados também receberão ajustes nos itens básicos obrigatórios. “Os novos condomínios já recebem equipamentos diferenciados, com piscina térmica, poço artesiano, energia solar e reaproveitamento de água da chuva. É um programa em permanente aprimoramento”, afirma Lange.

ACOMPANHAMENTO – As moradias, que comportam idosos sozinhos ou em casal, são adaptadas para garantir a segurança e o conforto no dia a dia. Além dos espaços individuais, os moradores contam com academia ao ar livre, horta comunitária, centro de convivência, quiosques e um ambulatório, que é utilizado por profissionais do município para a realização de atendimentos básicos de saúde.

O acompanhamento periódico por profissionais especializados é, inclusive, uma das principais características dos projetos, resultado da parceria firmada com as prefeituras. As contrapartidas incluem o trabalho de médicos, enfermeiros, educadores físicos e assistentes sociais nos conjuntos.

Recentemente, a Cohapar também firmou convênios com as universidades estaduais do Paraná que preveem a possibilidade de estudantes do ensino superior fazerem estágios e outras atividades complementares dos seus cursos nos condomínios dos idosos.

“Os condomínios terão a participação de estudantes de medicina, enfermagem, assistência social e educação física, o que faz com que esses jovens possam contribuir com as pessoas idosas enquanto aperfeiçoam os seus estudos”, diz o presidente da Cohapar.

RECONHECIMENTO – A premiação com o Selo do Mérito foi anunciada durante o 68º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, o mais tradicional evento anual do setor e que reuniu cerca de 1.400 gestores, especialistas, técnicos e empresários do ramo de todo o país em 2021, de maneira virtual.

Segundo o presidente da Cohapar, os primeiros resultados do programa também despertaram a atenção da União e de órgãos internacionais. Ele lembra que o programa já foi apresentado para a ONU, através da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e para a Caixa Econômica.

“O governador também tratou do assunto com o ministro do Desenvolvimento Regional com o intuito de que o programa possa ser exportado do Paraná e se torne uma política pública para idosos em todo o Brasil”, informa Lange.

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    Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN
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    Foto: Jonathan Campos/AEN
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    Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN
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    Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN
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