Com fim do terceiro ciclo, Castrapet Paraná chega a quase 70% dos municípios

Desde a implantação do projeto, em abril de 2019, foram três ciclos de atuação, com 75 mil animais castrados, de 275 cidades paranaenses. Investimento do Governo do Estado no período foi de aproximadamente R$ 16 milhões.
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19/07/2023 - 15:00

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O Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos, mais conhecido como CastraPet Paraná, já levou atendimento veterinário a quase 70% dos municípios do Estado. Desde a implantação do projeto, em abril de 2019, foram três ciclos de atuação, com 75 mil animais castrados, de 275 cidades paranaenses. Apenas a fase mais recente do programa, encerrada em julho, contemplou 47.770 espécies, entre cães e gatos, grupo três vezes maior em relação ao período inicial, quando 15 mil animais foram atendidos.

O programa é executado pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), com recursos de emendas parlamentares e do Tesouro do Estado, além do suporte logístico dos municípios. O investimento no período foi de aproximadamente R$ 16 milhões.

Diretor-presidente do IAT, Everton Souza destacou que o CastraPet Paraná é destinado para população de baixa renda, organizações da sociedade civil e protetores independentes. De acordo com ele, além de evitar filhotes indesejados e problemas como aumento da população de rua e maus-tratos, a castração de cães e gatos evita doenças como câncer de útero e mamas nas fêmeas, e reduz a incidência do câncer de próstata nos machos, além de algumas doenças infecciosas que podem ser transmitidas ao homem.

“O grande objetivo é atender as famílias de baixa renda do Paraná. Ao alcançá-las, prevenimos problemas de saúde dos animais e das pessoas que convivem com eles, além de impactar positivamente no meio ambiente”, afirmou Souza. “Além disso, contribui para a redução do abandono de filhotes nas ruas, que em sua maioria passam fome, são vítimas de maus-tratos e podem ser vítimas de acidentes no trânsito”.

Coordenadora técnica e fiscal do Castrapet, a médica veterinária Girlene Jacob ressaltou outra função social do programa. “O impacto dessa ação é ainda mais positivo porque desenvolvemos paralelamente a questão da educação ambiental, formando uma corrente com diversas Ongs e milhares protetores independentes que ajudam a melhorar a conscientização da sociedade para com os animais”, disse.

COMO FUNCIONA – O programa foi criado em 2019, no início da gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior, com a proposta de conter o aumento do número de animais abandonados nas ruas das cidades, evitar doenças e transmitir conhecimento sobre cuidados e boa convivência entre famílias e pets. Com o status de ferramenta de saúde única, que associa a saúde humana com o animal e o meio ambiente, o CastraPet Paraná rapidamente atraiu a atenção de prefeitos, tutores e protetores independentes.

Girlene Jacob explicou que para serem contemplados com a iniciativa estadual, as prefeituras precisam disponibilizar o local adequado para a estrutura, dar o suporte na recepção e fazer os cadastros dos interessados previamente, com lista reserva, além de outras contrapartidas. “Esse recurso é investido em material educativo e treinamento de dois técnicos sobre saúde animal, que posteriormente deve ser direcionado para alunos da rede de ensino”, afirmou.

ORIENTAÇÕES – Antes do procedimento, é preciso que os tutores respeitem o jejum absoluto (comida e água) dos animais por oito horas. A medida é necessária para que os pets recebam se recuperem bem da anestesia.

Após a castração, as famílias levam para casa a medicação pós-operatória e o pet ganha a aplicação de microchip eletrônico de identificação animal. Elas recebem, ainda, todas as orientações para cuidados pós-procedimento.

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