O último trecho da Transbrasiliana (BR-153), nos Campos Gerais, está mais próximo de sair do papel. O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou nesta segunda-feira (17), em reunião técnica com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, no Palácio Iguaçu, os entendimentos finais para a contratação dos projetos preliminares de implantação da rodovia. Serão aproximadamente 53 quilômetros de pavimentação, com início no distrito de Alto do Amparo, em Tibagi, até Imbituva, no Centro-Sul do Estado.
O governo federal vai custear o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), previsto para começar nos próximos dias.
A expectativa é concluir esta fase no primeiro semestre de 2023, para começar a construção já no ano que vem. Este é o único trecho que falta dentro do Paraná para a Transbrasiliana ficar pronta. A estrada liga o Pará ao Rio Grande do Sul e é a quinta maior rodovia do País, com mais de 3.850 quilômetros. No Estado, ela começa em Jacarezinho, no Norte Pioneiro, e vai até General Carneiro, na divisa com Santa Catarina, no Sul.
Ratinho Junior lembrou que a conclusão da Transbrasiliana é uma demanda antiga dos paranaenses. Os projetos, lembrou ele, iniciaram na década de 1960, mas nunca foram finalizados. “É uma rodovia muito importante para os Campos Gerais, que quando concluída dará ao Estado um novo corredor de escoamento da safra, levando a produção da região para Santa Catarina e o Rio Grande do Sul”, destacou o governador.
“Essa é mais uma importante parceria com o governo federal para melhorar a infraestrutura do nosso Estado, permitindo ao Paraná avançar na proposta de se tornar a central logística da América do Sul”, acrescentou.
Atualmente, sem a pavimentação, os motoristas precisam desviar a rota pelas BRs 373 e 276 para alcançar o outro trecho pavimentado da Transbrasiliana, ampliando a distância e os custos. “Estamos falando do único ponto da BR-153 que não é pavimentado. Essa obra vai trazer um desenvolvimento ainda mais acelerado para aquela parte do Paraná”, comentou o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti.
Sampaio reforçou que há um compromisso do governo federal com a obra. Segundo ele, a construção integra um pacote de cerca de R$ 3 bilhões de investimentos por parte da União no Estado, incluindo as obras com recursos da Itaipu Binacional, como a segunda ponte Brasil-Paraguai, na região Oeste. “O Paraná é muito importante para o Brasil. Essa localização estratégica faz o Estado necessitar de ainda mais investimentos em infraestrutura. Queremos pavimentar essa rodovia, a BR-153, já no ano que vem”, disse o ministro.
PRESENÇAS – Participaram da reunião o secretário-chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves; o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Fagundes; o diretor de operações portuárias dos Portos do Paraná, Luiz Teixeira; o deputado federal Sandro Alex; o secretário nacional de transportes terrestres, Felipe Queiroz; o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Santos Filho; além de outros técnicos do Ministério da Infraestrutura.