Com ambulatório, Hospital de Dermatologia Sanitária chega a 11,7 mil consultas apenas em 2022

Localizado em Piraquara, o HDSPR recebe pacientes de mais de 40 municípios. Aumento dos atendimentos se deve à mudança do perfil da unidade, que deixou de realizar internamentos hospitalares e assumiu um caráter ambulatorial.
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05/04/2022 - 12:10
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Desde a implantação do ambulatório do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (HDSPR), em setembro de 2020, o número de atendimentos na unidade vem registrando grande adesão da população, com 26.358 apenas no último ano. Em 2022, somente nos três primeiros meses, a unidade já realizou mais 11.709 consultas, mantendo crescente o número de operações. Localizado em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, o HDSPR recebe pacientes de mais de 40 municípios, sendo uma referência em tratamento nesta área no Paraná.

O aumento na procura se deve à transformação do perfil assistencial da unidade, que deixou de realizar internamentos hospitalares e assumiu um caráter ambulatorial, ofertando atendimento em especialidades que vão de dermatologia a cardiologia e psicologia. Em agosto de 2021, a unidade passou a ser gerida pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas) para adequar e administrar as novas funções do hospital.

Entre os serviços mais procurados, destaca-se a enfermagem estomoterapeuta, destinada a atuação nas áreas de estomias (que consiste na abertura artificial de um órgão interno por onde se conecta um tubo de inspeção ou manutenção), com 7.856 atendimentos ao longo do último ano e mais 2.974 em 2022. Também são relevantes os números do serviço de curativos especiais, que atendeu 13 mil pacientes desde o início das operações.

Para o secretário estadual da Saúde, César Neves, a tendência de crescimento do HDSPR deve continuar nos próximos anos. “Desde 2019, o Governo do Estado e a Secretaria da Saúde vêm dedicando atenção especial ao Hospital de Dermatologia, de modo a ampliar os serviços e tornar sua capacidade operacional mais eficiente”, explica.

“Atualmente, calcula-se que a unidade realizará mais de 82.400 atendimentos em 2022 e nossa expectativa é de que possa atingir 160 mil atendimentos ao ano em breve, sendo também uma referência para a descentralização da saúde, marca forte desta gestão”, reforça.

De acordo com o diretor-presidente da Funeas, Marcello Machado, o crescimento no número de atendimentos é um reflexo direto das mudanças propostas no hospital. “Com a mudança do caráter assistencial da unidade, notamos um grande salto nas consultas e operações, que de pouco mais de 2 mil em 2020, chegaram a quase 24 mil em 2021. Já neste ano, apenas em três meses, realizamos mais de 11 mil atendimentos. Os benefícios dessa transformação ajudam a ampliar a oferta de serviços especializados aos paranaenses”, enfatiza.

INVESTIMENTOS – Desde a mudança no perfil assistencial, a unidade tem recebido grandes investimentos por parte do Governo do Estado. Dentre eles, destacam-se equipamentos de última geração, como câmara de fototerapia, ultrassom, bisturi eletrônico, 80 computadores e 15 impressoras. Ao todo, o repasse soma R$ 603.500,00 em novos recursos. O Hospital Dermatológico também passou por reformas e adequação de ambientes, totalizando R$ 995.245,08 em obras.

HISTÓRICO Uma das unidades hospitalares mais antigas do Estado, com fundação em 20 de outubro de 1926, o Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, na época Leprosário São Roque, foi projetado, originalmente, para atender pacientes portadores de hanseníase.

A partir de 1983, com a interrupção da prática de isolamento compulsório, a instituição perdeu sua condição de Hospital Colônia e recebeu a denominação de Hospital de Dermatologia São Roque, mantido pelo Estado, por meio da Secretaria da Saúde. Em agosto de 1990, a unidade hospitalar foi renomeada para Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná.

Atualmente sob gestão da Funeas, a unidade é referência em dermatologia e feridas com oferta de serviços de consultas especializadas, equipe multiprofissional e atendimento especializado de enfermagem. Recentemente, o hospital inaugurou o primeiro museu que retrata a memória e o avanço do tratamento de hanseníase no Paraná, o Museu São Roque (MUSAR).

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