O Programa de Mestrado em Agronomia (PPAGRO) da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) passou a contar, há pouco mais de um mês, com um novo espaço de pesquisa e desenvolvimento de projetos: uma casa de vegetação climatizada. Ele alia alta tecnologia e amplia as possibilidades na realização de experimentos ao permitir o controle de temperatura, umidade e irrigação.
Para a construção da casa de vegetação, foram investidos R$ 205 mil por meio do Fundo Paraná, vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O coordenador do PPAGRO, professor Oriel Tiago Kölln, explica que há diferentes modelos de locais para o crescimento de plantas e que a casa de vegetação é mais um desses. “A principal diferença é o controle de temperatura e de umidade que esse modelo proporciona. Aqui, ficamos com a temperatura entre 25º C a 32º C e a umidade fica em torno de 50% a 70%”, afirma.
"Isso é possível graças a um PAD-FAN, sistema de resfriamento evaporativo do ar, tipo painel-exaustor, que baseia-se em um processo de umidificação que consiste em forçar, por meio de exaustores, a passagem do ar externo através de um painel de material poroso umedecido com água", completa. "Essa é uma das grandes vantagens desse tipo de estrutura, ter esses controles. A qualidade dos experimentos aumenta muito".
Na estrutura, há uma antecâmara utilizada para isolar a área principal da entrada de insetos ou doenças. O local serve também para realizar algum tipo de preparo anterior ao deslocamento do experimento para a casa de vegetação. O painel de controle permite a regulagem da temperatura, da umidade e da irrigação, que é realizada de forma automática, programada para horários específicos.
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Na área principal, uma das paredes é composta por uma espécie de colmeia, utilizada como uma das formas de controle de umidade; as demais são paredes de dupla cortina, que ficam cheias de ar para não ocorrer a entrada de temperatura ou excesso de calor pelas paredes. Além disso, na casa de vegetação também há cortinas no teto, que são utilizadas em épocas de muita radiação e insolação.
“Esse modelo de casa de vegetação vai contribuir significativamente para as pesquisas na UENP. A prioridade de utilização é para o Mestrado em Agronomia, mas, quando tivermos espaços ociosos, vamos colocar experimentos da graduação também, de trabalhos de conclusão de curso e de iniciação científica, tanto do curso de Agronomia quanto dos demais, de medicina veterinária, ciências biológicas”, destaca Kölln.
Na área principal, estão dispostas 12 mesas para experimentos. Atualmente, duas estão em uso com um experimento do Mestrado em Agronomia, realizado pela discente Amanda Lídia com diferentes espécies de sorgo granífero, sob orientação da professora Flávia Debiagi e coorientação do professor Oriel. “Esse projeto está em fase inicial, mas, sem essa casa de vegetação, não seria possível realizá-lo nessa época do ano por conta das condições climáticas”, comenta o professor.