Uma equipe do Sistema Estadual de Agricultura participou nesta quarta-feira (10) do Fórum de Desenvolvimento Agropecuário Regional e Encontro dos Secretários Municipais de Agricultura, na Expoingá, em Maringá.
O evento, organizado com apoio da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), teve o objetivo de apresentar as políticas públicas do governo estadual para o setor agro e sensibilizar lideranças regionais sobre demandas importantes, como a Campanha de Atualização de Rebanhos, o Susaf/PR (que permite comercialização mais ampla), o fortalecimento dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA) e a prevenção de doenças como a influenza aviária.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou a importância de parcerias para a conquista de mercado. “O agro tem uma participação muito importante nas riquezas do Paraná. Precisamos trabalhar com parcerias, para melhorar ainda mais nossa capacidade competitiva e nos articular para que novos projetos comecem”, disse.
O presidente da Amusep e prefeito de Ângulo, Rogério Bernardo, propôs a criação de uma câmara técnica de secretários municipais de Agricultura na estrutura da associação. “Juntos podemos enfrentar melhor os desafios”, justificou.
As ações de prevenção da influenza aviária e o Programa Estadual de Sanidade Avícola foram apresentados por Gilmar Pereira Neves, fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar. “Os produtores precisam reforçar as medidas de controle de acesso, manter os barracões telados, esterilizar veículos que entram na propriedade, limitar as visitas às granjas, para que a doença não entre”, enumerou.
CSA – Outro ponto abordado no encontro foi a importância de promover a integração e o fortalecimento dos conselhos municipais do setor agropecuário. Essa é uma estratégia para intensificar as ações de sanidade agropecuária, principalmente devido ao reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2021. E, agora, mais recentemente, com o desafio de prevenir a entrada da gripe aviária no Paraná.
“Vamos trabalhar para que todos os municípios do núcleo tenham adesão ao Susaf e reforçar a importância da formação dos Conselhos de Sanidade Agropecuária, nos quais vamos tratar questões sanitárias”, disse o chefe do núcleo regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento Jucival de Sá.
Com a integração entre governo estadual, municípios e setor produtivo em conselhos municipais será possível mobilizar a comunidade para o cadastro de propriedades, o inventário de rebanhos por meio da campanha de atualização cadastral e o controle de trânsito de animais.
Um dos participantes do evento foi o secretário municipal de Agricultura de Mandaguari, Yohann Furtado, que integra o grupo de reestruturação do Conselho Municipal de Sanidade Agropecuária. Na avaliação dele, o conselho ajuda a buscar melhores caminhos para a sanidade, para os produtores, e possibilita receber orientações importantes tanto para o consumidor quanto para o produtor. “Isso trouxe mais união para buscar soluções para o futuro, para aderir a programas de governo como o Susaf”, afirmou.
SUSAF – No mesmo evento, o município de Maringá recebeu o certificado de adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR). Ele foi criado por lei em 2013, mas regulamentado em 2020. O programa é destinado especialmente à agroindústria familiar e às de pequeno porte. A exigência é que ela esteja registrada no Sistemas de Inspeção Municipal (SIM).
“A conquista também é fruto da dedicação de produtores, das nossas equipes na Adapar e dos técnicos dos SIMs em benefício das agroindústrias”, acentuou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
O vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora, agradeceu toda a equipe envolvida na conquista. “Isso representa transformação na vida de muita gente, será muito bom para a economia da cidade. Quem é pequeno vai ter a possibilidade de crescer”, completou.
Os estabelecimentos interessados em obter o selo Susaf/PR devem seguir os programas de autocontrole, como limpeza, desinfecção e higiene, hábitos higiênicos e saúde dos manipuladores.
Além disso, são exigidos a manutenção das instalações e equipamentos, controle de potabilidade de água, seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens, controle de pragas e vetores e controle de temperatura. Também devem contratar profissional legalmente habilitado para a industrialização e conservação dos produtos.