A Cohapar concluiu nesta semana, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, mais uma capacitação sobre a metodologia BIM. A ferramenta, que está em fase final de implantação na companhia, vai auxiliar na elaboração e análise de projetos, orçamento de materiais, gestão e fiscalização das obras, com a redução do desperdício de material e mão de obra.
Sigla para Building Information Modeling, ou Modelagem de Informações de Construção, em português, o BIM permite aos especialistas da área projetar empreendimentos com mais rapidez, precisão e de forma integrada, prevendo na etapa de planejamento situações envolvendo a construção, manutenção e uso dos empreendimentos, o que previne problemas e reduz custos em médio e longo prazo.
“A disseminação do BIM vem sendo desenvolvida pela SEIL e nós estamos trabalhando neste projeto-piloto dentro da Cohapar”, explica o diretor de Programas e Projetos da companhia, Luis Werlang. “Com o uso da metodologia, será possível aprimorar tecnologias, compatibilizar projetos, criar, utilizar e atualizar modelos digitais de uma construção de um modo mais colaborativo”.
INVESTIMENTOS – O workshop promovido pela SEIL faz parte de uma série de ações adotadas pela Cohapar para adoção do modelo BIM em todas as suas novas contratações. Além dos treinamentos para a equipe técnica em parceria com órgãos estaduais e instituições de ensino, a empresa investiu na construção de um laboratório de pesquisa e desenvolvimento, computadores com alta capacidade de processamento e softwares de modelagem 3D.
De acordo com o superintendente de Programas da Cohapar, Kerwin Kuhlemann, que preside o grupo de trabalho interno sobre o BIM, as adequações realizadas pela companhia já começam a surtir efeito prático nas novas licitações.
“No final de 2021, tivemos as primeiras licitações dentro da modelagem BIM, que são três condomínios para idosos, em Guarapuava, Campo Mourão e Arapongas, o que é um marco histórico na companhia. Entendemos que isso vai modernizar e dar agilidade aos nossos processos a partir da integração dos aspectos de arquitetura engenharia”, destacou Kuhlemann.
LEGISLAÇÃO – O decreto estadual 10.086, assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em janeiro, prevê o uso obrigatório do BIM na execução e fiscalização de obras estaduais a partir de 2023. Em âmbito nacional, apenas projetos habitacionais desenvolvidos dentro da metodologia poderão ser financiados com recursos federais, conforme estabelecido pelo decreto federal 10.306/2020.
No Paraná, a metodologia começou a ser implantada por iniciativa da SEIL, com adesão da Cohapar a partir de 2020, com o intuito de melhorar a gestão de projetos e obras públicas com foco em governança e inovação. O objetivo é atuar na superação dos desafios de planejamento, monitoramento e controle nas obras públicas, com impactos econômicos, sociais e ambientais positivos.