O Laboratório de Análises de Combustíveis (LAC) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) completa sua maioridade neste sábado (5). São 18 anos de prestação de serviços por meio da análise de combustíveis e biocombustíveis em Maringá e região, identificando a qualidade do material em estudo de acordo com normas nacionais e internacionais.
A proposição de criação do LAC foi motivada pela alta adulteração de combustíveis em Maringá. Neste período, o LAC, vinculado ao Complexo de Centrais de Apoio à Pesquisa (Comcap) da UEM, analisou aproximadamente 100 mil amostras de combustíveis, média de 500 mensais.
Com uma infraestrutura e equipe técnica qualificada, formada por cinco pessoas, o laboratório possui acreditação junto à Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro, e licença de operação fornecida pelo Instituto Água e Terra (IAT).
O LAC colabora com pessoas jurídicas e físicas, mantendo contrato ativo desde o início de criação com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Maringá e de outras regiões, assegurando a qualidade dos produtos comercializados pelos postos e distribuidoras de combustíveis.
As análises físico-químicas em amostras de gasolina, etanol e óleo diesel verificam a conformidade destes produtos de acordo com as normas exigidas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Quando um produto de posto monitorado apresenta uma não conformidade, precisamos comunicar ao Ministério Público para as devidas providências”, diz o professor Lúcio Cardozo Filho, coordenador do laboratório.
A coleta do material em postos e distribuidoras de combustíveis que participam do programa de monitoramento voluntário, e que possuem contrato com o LAC, é feita pelos técnicos e estagiários do laboratório. Quanto à demanda do Procon de Maringá, os próprios fiscais do órgão são treinados para a coleta.
Patrícia Parra, coordenadora do Procon, explica que diariamente chegam dezenas de denúncias da população. “A instalação do laboratório foi muito importante para a comunidade, tendo em vista o histórico de adulteração de combustíveis. Esta é uma forma de retribuir à sociedade e cuidar do combustível que a população utiliza”, afirma.
Nos casos em que o combustível é considerado em não conformidade, ou seja, adulterado, as contraprovas de produtos são enviadas a outros laboratórios credenciados pela ANP para confirmação de contraprova. Por segurança, estas amostras são armazenadas por 90 dias.