A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) revisou e renegociou contratos de prestação de serviços, reduziu gastos com cargos comissionados e funções gratificadas. O processo de reestruturação de empresa também está em fase de conclusão. As medidas efetivadas nestes 100 primeiros dias de gestão foram tomadas para cumprir o compromisso de diminuir gastos administrativos e aumentar os investimentos para benefício direto da população.
De acordo com o presidente da Cohapar, Jorge Lange, as mudanças fazem parte de um planejamento maior do Governo do Estado. “Estamos trabalhando de forma totalmente alinhada à determinação da nova gestão estadual de tornar as estruturas da administração pública mais eficientes para que os investimentos sejam aplicados diretamente na melhoria da qualidade de vida da população paranaense”, afirma.
Entre as medidas tomadas neste ano está a atualização do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS), que permitirá estabelecer um diagnóstico preciso sobre as demandas por moradias nos 399 municípios paranaenses. O material englobará dados sobre ocupações irregulares, residências em áreas de risco e condições precárias, entre outros dados que permitirão à Cohapar estabelecer prioridades de investimentos para os próximos anos.
As informações de cada localidade serão fornecidas por técnicos das prefeituras, devidamente treinados para preenchimento de um sistema digital integrado desenvolvido pela Cohapar. Já foram promovidos encontros para capacitação de funcionários municipais nas regiões de Cascavel, Curitiba e Londrina. O ciclo de treinamentos será concluído até o começo de junho, com mais nove eventos.
OBRAS E SERVIÇOS – A Cohapar tem atuado diretamente junto às construtoras, prefeituras e ao Governo Federal para dar celeridade à conclusão de obras em andamento e à contratação de novos empreendimentos. Atualmente, há 3 mil imóveis urbanos e 346 rurais em obras, além de aproximadamente 34 mil casas irregulares em processo de titulação.
Em 2019, foram entregues um conjunto habitacional com 49 casas em Florestópolis, na região Norte, e 44 em Nova Londrina, no Noroeste do Estado.
Há, ainda, 2.448 unidades vinculadas ao programa Minha Casa Minha Vida com obras paralisadas no Estado. “Temos realizado uma série de encontros em Brasília e em Curitiba, com representantes da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Desenvolvimento Regional, cobrando uma resolução para que estes empreendimentos sejam concluídos o mais rápido possível”, destaca Lange.
NOVAS CONTRATAÇÕES – As prioridades da companhia daqui para frente são a viabilização de empreendimentos para todas as faixas de renda, tanto na cidade quanto no meio rural, e a regularização de imóveis sem registro e construção de condomínios para a terceira idade.
De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Paraná tem um déficit habitacional de mais de 400 mil casas. “Temos que trabalhar também com o setor privado para realizar essas construções”, disse. “O programa tem que ser ampliado, porque a demanda é grande e muitas regiões do Estado precisam desse investimento na parte habitacional, que é um grande sonho de todo cidadão”, concluiu o governador.