Com objetivo de incentivar a destinação de recursos para projetos culturais ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) abriu nesta quinta-feira (17) o IV Circuito de Projetos Incentivados do Conselho de Cidadania Empresarial, da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), que propõe um tour em vários pontos de Curitiba.
Aproximadamente 20 pessoas de diversos segmentos participaram dessa atividade, que começou pelo Espaço Cultura BRDE - Palacete dos Leões, seguindo para o Colégio Estadual do Paraná, Sesi, Museu da História da Medicina do Paraná, com visitas, palestras e conversas de temas ligados à cultura, leis de incentivo e programas de fomento.
O presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, falou sobre as diretrizes do banco alinhadas com a proposta do governador Carlos Massa Ratinho Junior a respeito de políticas públicas acessíveis à sociedade.
“O BRDE tem promovido ações para tornar o Palacete dos Leões um espaço vivo de acolhimento, cultura e realizações, uma forma de devolver à sociedade bons resultados, como a preservação do patrimônio, trazer a história da erva-mate e sua importância na atividade econômica do Estado, aproximar os jovens e a comunidade para socializar nesse ambiente”, disse.
A coordenadora do Palacete dos Leões, Rafaela Tasca, onde foi a abertura e enceramento do “tour”, apresentou as ações promovidas em 2021 na área cultural. O destaque foi para a exposição “Narrativas e Poéticas do Mate”, em cartaz até maio. As atividades estão ligadas ao ODS 11 (preservação, proteção e conservação de todo o patrimônio cultural e natural e tipo de financiamento privado, doações em espécie, setor privado sem fins lucrativos e patrocínios).
“Essas parcerias são fundamentais para a realização de nossas metas ligadas à cultura e ODS, sempre em conexão com toda a sociedade, artistas, estudantes, professores, pesquisadores, apoiadores da Cultura, Educação e toda a comunidade local”, ressaltou Rafaela.
CONSELHO – O Conselho de Responsabilidade Social da Fiep propõe com esse circuito contribuir com projetos que preservam o patrimônio cultural, essenciais para a sociedade, sem custo adicional, já que o recurso vem de uma parte do imposto de renda a ser declarado, utilizando de leis de incentivos.
Michel de Castro Nunes representou a entidade e lembrou que a indústria hoje pensa sob a visão de sociedade a respeito do seu legado. "Existe uma preocupação em qual direção seguir e os projetos de cidadania, especialmente voltado aos jovens, a fim de construir um futuro realmente consciente em sua missão”, disse.
O professor Manuel Gama, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade de Universidade do Minho, em Portugal, considerou fundamental uma instituição como BRDE desenvolver cultura e metas das ODS. “O trabalho do BRDE e Palacete não é comum, trabalham também com outros objetivos, incluindo mulheres, criação de emprego e cultura para jovens de forma responsável e criativa, e mesmo com os impactos da Covid-19 conheci as diferentes ações que desenvolveram no decorrer desse período. É um trabalho cultural e social, com movimento sustentável”, afirmou.
CARTILHA – Antes do início do circuito, Bley propôs a criação de uma cartilha com as entidades parceiras, a fim de “estimular a relação do BRDE no compromisso da responsabilidade social e poder público”. Também falou sobre o papel de desenvolvimento do banco, por meio de programas como BRDE Labs, que têm o propósito de acelerar o ambiente de inovação na Região Sul, esse ano com a proposta do tema ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em português), assim como o Jovem Empreendedor, que consiste em oferecer linhas de crédito para incentivar geração de emprego e desenvolvimento de negócios para pessoas de 18 a 29 anos.