Os estudantes do Paraná dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio possuem o maior tempo de estudo do Brasil, períodos em que a gestão das escolas públicas é feita pelo Governo do Estado. A informação consta nos dados mais recentes do Censo 2022 divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o panorama da educação no País.
Nas idades regulares em que os alunos devem estar cursando o Ensino Fundamental II – de 11 a 14 anos – as crianças e adolescentes possuem, em média, 6,3 anos de tempo de permanência na escola, o melhor índice do Brasil, à frente de São Paulo, Ceará, Tocantins, Minas Gerais e Rondônia, todos com 6,1 anos, que aparecem na sequência do ranking. A média nacional para esta faixa etária é de 5,9 anos de estudo.
No ensino médio, cuja idade regular de aprendizado vai de 15 a 17 anos, essa média sobe para 9,4 anos de estudo para cada adolescente matriculado nas escolas públicas e privadas do Estado. Novamente, o Paraná lidera o índice, seguido por São Paulo (9,3 anos), Distrito Federal (9,2 anos) e Ceará (9,2 anos), enquanto no Brasil a média é de 9 anos.
Outro fator em que o Paraná se destaca é em relação à frequência escolar. Nos últimos anos do ensino fundamental, o índice de comparecimentos dos estudantes é de 98,8% de acordo com os dados mais recentes do Censo 2022, acima da média do Brasil dos alunos nesta faixa etária, que é de 98,3%.
Entre aqueles que possuem de 15 a 17 anos, faixa etária padrão dos alunos do ensino médio, a frequência escolar do Paraná segue a tendência nacional e é menor em relação ao ensino fundamental. Neste segmento, a média de comparecimento fica em 84,9% entre as unidades escolares geridas pelo Estado e aquelas administradas pela iniciativa privada, acima de estados como Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
Os indicadores mais recentes do IBGE e os investimentos no setor, os maiores do País, ajudam a explicar, em parte, o sucesso recente da educação no Paraná, que saltou do 7º para o 1º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as avaliações feitas em 2017 e 2021. No levantamento mais recente, divulgado pelo Ministério da Educação em 2023, o Estado manteve a liderança nacional tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.
O Paraná também atingiu, em 2023, o segundo maior patamar do Brasil de alfabetização de crianças que estudam na rede pública, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). O levantamento mostra que 73% dos alunos paranaenses sabem ler e escrever na idade certa, ou seja, ao final do 2º ano do ensino fundamental. O Estado tem Selo Ouro do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada.
"O avanço nos índices é resultado direto dos investimentos em infraestrutura, tecnologia e qualificação de professores. Este resultado demonstra que o Paraná segue um caminho de crescimento educacional sustentado por ações concretas, educação de qualidade e oportunidades", afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
PARANAENSES MAIS QUALIFICADOS – O panorama educacional do Censo 2022 também trouxe novidades sobre o grau de instrução da população brasileira. Em pouco mais de uma década, o Paraná mais do que dobrou a proporção de pessoas com ensino superior completo em relação ao total da sua população. No Censo de 2010, os moradores do Estado com graduação representavam 9,7% da população, índice que subiu para 19,2% no Censo 2022, totalizando agora 1,7 milhão de pessoas.
Com um em cada cinco paranaenses maiores de idade com curso superior completo, o Paraná tem a 4ª maior proporção de pessoas com esse nível de ensino no Brasil. O índice fica abaixo apenas do Distrito Federal, com 33,1%, São Paulo (21,5%) e Santa Catarina (19,7%). A média nacional de pessoas com este nível de instrução é de 16,7% do total da população maior de idade.
Com 58,6% dos formados, as mulheres representam a maioria da população paranaense que possui diploma de graduação dentro das diferentes modalidades reconhecidas pelo Ministério da Educação: bacharelado, tecnologia ou licenciatura.
No intervalo de 12 anos entre os levantamentos do IBGE, também houve aumento da proporção de paranaenses com outros graus de instrução. Aqueles com ensino fundamental completo passaram de 13,9% para 15,1%, o equivalente a 1,3 milhão de pessoas, enquanto os que possuem ensino médio completo aumentaram de 22,5% para 35%, somando agora cerca de 3 milhões de formados.
O percentual das pessoas que não concluíram nem o ensino fundamental no Estado caiu de 37,2% para 30,7% no mesmo período. No Brasil, o índice de pessoas sem instrução é de 32%.