Casas da Cohapar terão maior
foco em eficiência energética

Principais medidas tomadas pela companhia para tornar projetos habitacionais mais eficientes foram apresentados durante evento nacional sobre o tema organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, em Campinas (SP).
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28/11/2019 - 09:40
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Os desafios de aliar a eficiência energética e a habitação popular foi o assunto de uma palestra apresentada pela Cohapar em encontro nacional sobre o tema nesta quarta-feira (27), em Campinas (SP). Durante a apresentação, gestores públicos, especialistas e empresários conheceram as medidas tomadas pela companhia para garantir o desenvolvimento socioeconômico ambientalmente sustentável do Paraná.

Entre as ações que já fazem parte das práticas da Cohapar, estão a instalação de placas fotovoltaicas (solar) para geração de energia elétrica em projetos específicos de casas populares financiadas pela companhia. Em conjuntos habitacionais construídos em parceria com o Governo Federal na menor faixa de renda do programa Minha Casa Minha Vida, também há a instalação obrigatória de sistemas de aquecimento de água para redução das contas de luz dos proprietários.

Condomínios do programa Viver Mais Paraná, voltados ao atendimento de idosos residentes em todo o Estado, preveem também sistemas de captação de água da chuva, além de instalação de poços artesianos sempre em que há disponibilidade. A presença dos itens visa reduzir o consumo de água do sistema tradicional de abastecimento e, com isso, diminuir o custo do condomínio.

PADRÃO DE QUALIDADE – Nas licitações da Cohapar, são estabelecidas diretrizes mínimas de eficiência energética que devem ser seguidas pelas construtoras contratadas para a execução das obras. As especificações estão em conformidade com o estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Também estão em processo de adoção na Cohapar etapas adicionais de elaboração de projetos construtivos. Elas incluem simulações de desempenho lumínico, para máximo aproveitamento da iluminação natural dentro dos imóveis, e de desempenho térmico, para garantir o conforto térmico dos moradores tanto no verão quanto no inverno.

BIM – Os cálculos de impacto destes fatores serão feitos em compatibilidade com a metodologia BIM, uma sigla em inglês que significa Modelagem da Informação da Construção, cujas plataformas auxiliares permitirão mais rapidez e precisão nos cálculos e simulações envolvendo os projetos construtivos.

De acordo com a engenheira e assessora de projetos da Cohapar, Jocely Loyola, que fez a palestra a convite da Secretaria Nacional de Habitação, o atendimento às normas é fundamental para garantir a continuidade do repasse de recursos federais em habitação popular para o Paraná.

“A partir de 2021 apenas projetos habitacionais desenvolvidos dentro da metodologia BIM e que atendam às normas de desempenho energético poderão ser financiadas com recursos federais”, afirmou Jocely. “Estas adaptações vão beneficiar não apenas o setor de projetos, mas também a parte de orçamento e cotação de materiais a serem utilizados, bem como a gestão e acompanhamento das obras, com a redução do desperdício de material e mão de obra”, acrescentou.

O EVENTO – O encontro, denominado “Diálogos Sobre Eficiência Energética – Zonas Bioclimáticas” foi organizado pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional, uma empresa vinculada ao governo da Alemanha especializada no desenvolvimento sustentável em escala mundial.

O foco deste evento foi para a chamada Zona Bioclimática 3, que representa apenas 6,5% do território brasileiro, mas com cidades que possuem um alto índice demográfico.

Das 330 cidades do país classificadas nesta condição, seis estão no Paraná e estiveram representadas no evento: Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Guaíra, Jacarezinho, Londrina e Paranaguá.

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