A Casa Militar do Governo do Paraná reduziu em 13,9% a sua estrutura de pessoal, em 9,61% o custeio e em 24,11% os dispêndios com viagens nos primeiros sete meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2018. Houve diminuição no número de comissionados e a entrega da aeronave que atendia o primeiro escalão do Poder Executivo.
Mais enxuto, o órgão também se tornou muito mais estratégico para o Estado. Com a aprovação da reforma administrativa, em maio, a Casa Militar passou a ter função legal mais robusta. Além da segurança de autoridades e de edifícios estratégicos do Estado, foi incluído no seu rol de tarefas uma competência então inédita com a criação da Divisão de Inteligência Governamental (DIG).
“A Casa Militar tem um histórico de 90 anos de serviços prestados ao Paraná e a partir desse ano passou a operar com um grau a mais de segurança e profissionalização. Nós tentamos antecipar os acontecimentos e atuar de forma proativa, em função da proteção das maiores autoridades constituídas do Estado”, informa o major Welby Pereira Sales, chefe da Casa Militar.
Ele explica que a nova formatação leva em conta o entendimento de que o órgão precisaria ter mais respaldo legal para executar o controle dos transportes e dos espaços de governo, além da necessidade de agregar inteligência, treinamento e dinâmica ao processo de segurança.
Na restruturação do Poder Executivo houve a separação da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa Civil, mas a Casa Militar segue fazendo o controle do transporte aéreo de autoridades do Poder Executivo, transporte da equipe de captação de órgãos da Central de Transplantes, e assistência direta e imediata ao governador em assuntos militares.
Segundo o oficial, a Casa Militar precisava se desconectar da Defesa Civil para que ambas se especializassem nos seus processos de atendimento às autoridades ou aos cidadãos. Ele também destacou que a reforma administrativa possibilitou maior controle no manejo do orçamento e dos deslocamentos das autoridades para compromissos oficiais.
A Casa Militar agora conta com sete divisões: Operações e Segurança Aproximada, Segurança das Instalações e Pontos Sensíveis, Administrativa, Orçamentária e Financeira, Transporte Aéreo, Transporte Terrestre e Inteligência Governamental.
BALANÇO DAS MISSÕES – De acordo com um levantamento da Casa Militar, apenas nos primeiros sete meses do ano foram 259 missões de atendimento às mais diversas autoridades do Estado. Como destaque, foram feitas atividades voltadas à proteção do Presidente da República, do Presidente da Câmara dos Deputados e do Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Também foram realizadas 313 missões com transporte aéreo, sendo 61 missões em apoio à central de transplantes de órgãos (que funciona em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde), 20 missões de segurança pública em apoio ao Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e uma missão em apoio à central de leitos em função de emergência médica.
A Casa Militar administra a frota de aeronaves do Estado. Por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, elas devem ser usadas pelo Poder Executivo em viagens oficiais, mas também devem atender qualquer emergência médica, missões de busca e salvamento e a central de transplantes de órgãos.
GESTÃO – Nos primeiros seis meses do ano, a Casa Militar também promoveu um curso de capacitação de proteção de autoridades para todas as suas equipes. Ainda houve instrução de nivelamento em pistola para todo o efetivo e submetralhadora para o pessoal da segurança aproximada do governador.
A nova gestão também já internalizou a política de Integridade e Compliance do Governo do Estado, em conformidade à lei estadual que instituiu o programa em toda a administração pública. O intuito é de garantir a legalidade e a economicidade em todos os processos.