Carceragens de quatro delegacias do Oeste passam para gestão do Depen

Os serviços da Polícia Civil à população continuarão acontecendo normalmente nestas delegacias. Foram fechadas apenas as carceragens. A mudança é resultado de um projeto que prevê a desativação de 41 carceragens de delegacias e o fechamento definitivo destes ambientes em 15 municípios.
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19/04/2021 - 18:20

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A Secretaria da Segurança Pública do Paraná concluiu na semana passada a transferência de mais quatro carceragens de delegacias da Polícia Civil para o Departamento Penitenciário. Os 202 presos condenados que ainda estavam em unidades das cidades de Ubiratã, Matelândia, São Miguel do Iguaçu e Santa Helena foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Foz do Iguaçu.

A mudança é resultado de um projeto que prevê a desativação de 41 carceragens de delegacias e o fechamento definitivo destes ambientes em 15 municípios, permitindo o fortalecimento das investigações e elucidação de crimes. O decreto foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em novembro do ano passado. 

O secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, esteve na Cadeia Pública Laudemir Neves e acompanhou a transferência dos presos que estavam na Delegacia de Matelândia. “É um novo fluxo de trabalho aqui na região Oeste, pois estamos desativando as carceragens de seis delegacias da região e colocando os presos sob a responsabilidade do Depen. É um trabalho conduzido pela Regional de Foz do Iguaçu que servirá de modelo para outras regionais do Estado”, explicou.

Para o Delegado-Geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, a transferência permite a melhoria no fluxo das atividades de polícia judiciária e aumento na solução dos casos. “Os policiais civis vão poder se dedicar integralmente às atividades de investigação. E essa melhoria de resultados percebemos no dia a dia, frente ao aumento significativo dos índices de solução de crimes e pela quantidade de operações de repressão qualificada executadas pela instituição”, afirmou.

Segundo o delegado de Matelândia, Julio Cesar Andrade Bianchi, com o fechamento da carceragem, os investigadores poderão se dedicar ao trabalho de origem. “A retirada de presos das unidades policiais é de suma importância, pois acabávamos usando o investigador plantonista para cuidar dos presos, que não é uma atribuição da Polícia Civil e sim do Departamento Penitenciário”, disse. "A retirada de presos também reflete na maior segurança para a população que vive e trabalha no entorno das delegacias".

O coordenador regional do Depen, Marcos Aparecido Marques, detalha que o Depen criou uma logística de transferência de presos que assegura agilidade no deslocamento e segurança aos profissionais envolvidos. Com a conclusão da transferência dos 202 presos condenados, o Depen começará a transferir nos próximos dias os 103 presos temporários que ainda estão nas carceragens desses quatro municípios.

“Depois desse processo, as carceragens serão desativadas e estes municípios passarão a ser atendidos pelas Cadeias Públicas de Medianeira e Assis Chateaubriand, que estão sob nossa gestão integralmente”, explicou Marques.

Os serviços da Polícia Civil à população continuarão acontecendo normalmente nestas delegacias. Foram fechadas apenas as carceragens.

ESCOLTA – As escolas foram realizadas pela Seção de Operações Especiais (SOE). “As transferências estão sendo feitas pelo Departamento Penitenciário, a fim de que a Polícia Militar e a Polícia Civil possam cumprir suas respectivas missões constitucionais com mais intensidade em favor da população”, destacou Marques.

ESTRATÉGIA – A transferência de carceragens temporárias da Polícia Civil é uma medida planejada pelo Governo do Estado. Num primeiro momento, 37 delegacias tiveram suas carceragens transferidas para a gestão plena do Depen. Em novembro do ano passado foi prevista a desativação de mais 41 carceragens em delegacias e o fechamento completo em 15 municípios - 50% do trabalho já foi realizado.

A mudança inclui a gestão completa do Depen sobre a população carcerária, incluindo bens móveis e imóveis, despesas e contratos de alimentação. Os profissionais da Polícia Civil, que até então tinham que fazer a guarda dos presos nas delegacias, agora passam a se dedicaram completamente à investigação e à elucidação de crimes. 

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