Café puxa preços de alimentos e bebidas em janeiro, aponta índice do Ipardes

O resultado apresentado registrou variação positiva de 0,75% em janeiro, ficando 0,08% acima do observado em dezembro de 2024. A influência principal no número mostrado é proveniente do café, que isoladamente foi responsável por 0,72% da variação mensal
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11/02/2025 - 16:20
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O Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), entidade vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, divulgou nesta terça-feira (11) o Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) do Estado do Paraná.

O resultado apresentado registrou variação positiva de 0,75% em janeiro, ficando 0,08% acima do observado em dezembro de 2024 e 0,36% abaixo em relação a janeiro de 2024. A influência principal no número mostrado é proveniente do café, que isoladamente foi responsável por 0,72% da variação mensal.

No mês, o café teve um aumento de 10,23%. O tomate subiu 14,66% e a maçã, 3,04%. Apesar do percentual de tomate ter sido maior, o café pesa mais no índice. Isso porque a contribuição em pontos porcentuais corresponde à influência ponderada de cada um dos itens no resultado agregado do IPR.

A baixa oferta no mercado interno foi um dos principais fatores para os reajustes nesses produtos. Como causas das restrições de volume estão a aproximação do fim da safra do tomate; as questões climáticas que prejudicaram a produção do café e os estoques reduzidos de maçã em um período de início de colheita.

“Por outro lado, os preços da batata-inglesa, do pernil suíno e do feijão-preto recuaram -16,83%, -6,67% e -5,01%, respectivamente. O aumento da oferta desses produtos ajudou a reduzir os seus preços”, explicou o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio. Esse movimento deveu-se à oferta crescente tanto da batata quanto do feijão oriunda de boa produtividade de suas safras.

REGIÕES – Além da análise estadual, o Ipardes apresenta números regionalizados. A entidade observou variação positiva de 1,07% em Londrina, 0,87% em Ponta Grossa e 0,66% em Cascavel. As demais regiões apresentaram aumentos de menor intensidade: 0,79% em Foz do Iguaçu, de 0,65% em Curitiba, e de 0,45% em Maringá.

O tomate liderou esta variação positiva em Foz do Iguaçu (20,57%), em Londrina (19,34%), em Maringá (18,76%), e em Cascavel (10,25%). Por outro lado, o café foi o protagonista em Ponta Grossa (13,08%) e em Curitiba (10,03%).

NOS ÚLTIMOS 12 MESES – Além de verificar mês a mês, o Ipardes faz um levantamento com os números registrados nos últimos 12 meses. No acumulado desde fevereiro de 2024, o aumento mais acentuado é também no café (58,95%) e, em percentual menor, na laranja-pera (35,36%) e no alho (32,14%).

De forma regionalizada e tomando-se por base os últimos 12 meses, o café registrou reajustes de 67,69% em Londrina, de 65,22% em Foz do Iguaçu, de 65,08% em Ponta Grossa, de 60,33% em Cascavel, de 59,29% em Curitiba e de 38,06% em Maringá.

No entanto, ficaram mais baratos na mesa do consumidor no mesmo período batata-inglesa, cebola e tomate com decréscimos de -62,80%, -36,88% e -29,14% nesse período, respectivamente.

Essas reduções em batata-inglesa puderam ser verificadas em todas as regiões do Estado. O alimento teve queda de 67,36% em Curitiba, 65,44% em Maringá, 64,15% em Ponta Grossa, 64,02% em Londrina, 61,24% em Cascavel e de 52,99% em Foz do Iguaçu.

ÍNDICE – O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas, a partir da análise de 35 itens em seis municípios. Os preços para o cálculo são extraídos de aproximadamente 382 mil registros das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais dos municípios onde é feita a coleta e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.

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