A Controladoria-Geral do Estado (CGE) vai modernizar sua estrutura e atuação no controle da administração pública. Para isso, criou o Escritório de Gestão de Projetos (EGP) e iniciou conversa com o organismo das Nações Unidas (ONU) que presta serviços nesta área para governos e organizações, como a Controladoria-Geral da União (CGU) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Organizações internacionais têm implantado setores semelhantes, conhecidos como PMO (Project Management Office). É uma espécie de departamento que tem como responsabilidade definir e zelar pela manutenção dos padrões de gerenciamento de projetos e uma estrutura gerencial responsável por padronizar processos relacionados a programas sob a sua tutela.
Em reunião virtual com o UNOPS (Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos), o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira, assinou a resolução que estabelece o novo setor da CGE. “Foi um ato simbólico, do qual os representantes da UNOPS fizeram questão de participar, mesmo que a distância. Simboliza o compromisso em conduzir nossos esforços para um mundo mais ético e íntegro”, afirmou.
A nova unidade vai gerenciar os projetos da CGE que estão em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em específico os relacionados ao número 16, que concentra ações para Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
“Conseguimos recursos do BNDES para aprimorar os mecanismos de controle e de transparência e trabalhamos para torná-los realidade o quanto antes”, comentou Bruno Barros, que está à frente do Escritório de Gestão de Projetos da CGE.
São 11 projetos aprovados pelo BNDES, que investirá cerca de R$ 46 milhões na modernização das rotinas da CGE. Entre as inciativas estão melhorias no Portal da Transparência, fundamental para o exercício do controle social, e o Projeto Harpia, que reúne mecanismos de acompanhamento de contratos e obras.
Segundo Barros, o contato com o UNOPS, com sede em Brasília, visa alinhar a gestão do desenvolvimento desses projetos às boas práticas internacionais. No Brasil, entre outras parcerias, a entidade apoia o desenvolvimento e implantação do escritório de projetos no CNJ; a aplicação de metodologia de avaliação de agências reguladoras para a CGU; e a gestão de projetos para melhorias sociais com o Ministério Público do Trabalho. Só em 2019, foram 900 projetos apoiados pelo órgão.
O novo escritório vai promover governança de projetos, melhoria contínua, aprendizagem e inovação organizacional. “Será uma ferramenta para melhorar a organização como um todo, com foco na efetividade, resultados e benefícios dos projetos”, disse Barros. A unidade ficará responsável por dar suporte ao projeto e consultoria interna, auxiliando no monitoramento de projetos, gerenciamento de recursos, implementação de metodologia e padronização de processos.
O gerente do novo escritório completou que a institucionalização do EGP é fundamental e demonstra o compromisso da administração com os projetos e seus benefícios.
Também participaram do ato pela CGE o diretor-geral Luiz Neto de Castro; a chefe de gabinete, Marilis Molinari; a assessora Kallynca dos Santos e a assistente Maria Guimarães. Pelo UNOPS, a equipe da gerente Luciana Las Casas.