Bolsistas contribuem para mudar comportamento da população

Profissionais contratados pelo Governo do Estado atuam diretamente com a população e ajudam a ampliar a adesão às máscaras e álcool gel e conscientizar para evitar aglomeração. Eles falam sobre a experiência neste momento de pandemia.
Publicação
30/04/2020 - 13:50
Editoria

Confira o áudio desta notícia

Os bolsistas contratados pelo Governo do Estado para o Programa de Apoio Institucional para Ações de Prevenção, Cuidados e Combate ao Coronavírus, estão ajudando a mudar comportamento da população.  Eles atuam diretamente com informação e orientações que contribuem para ampliar o número de pessoas que adere às máscaras e uso do álcool gel, além de evitar aglomerações e ficar em casa.  

Atualmente chega a 660 o número de bolsistas contratados por meio da Fundação Araucária, da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Secretaria da Saúde. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, estudantes de saúde e de outras áreas que atuam em Unidades de Saúde e hospitais, nas divisas do Estado, serviço de teleatendimento, no Laboratório Central do Estado (Lacen), no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e no Departamento Penitenciário do Estado (Depen).

Na região Centro-Oeste do Estado, a população está a cada dia mais consciente sobre as medidas de prevenção ao coronavírus. A enfermeira da cidade de Guarapuava Kaline Morozini kloster, ressaltou a importância do seu trabalho nesta mudança de comportamento.

“Minha principal preocupação é que tenhamos o menor número de casos e para isso é necessário o máximo de informação de qualidade sobre a prevenção, sobre os sintomas e como proceder”, diz Kaline.

“Neste sentido, temos orientado a população a evitar aglomerações, não sair de casa sem necessidade e, se houver, que seja com o uso adequado de máscaras e álcool em gel. Observo que tanto os profissionais da saúde quanto pacientes estão atentos à necessidade do uso de equipamentos de proteção individual”, afirma ela

Nas centrais de informações, com atendimento telefônico e por meios digitais, os bolsistas esclarecem dúvidas e orientam sobre maneiras de prevenção, cuidados e combate à pandemia do novo coronavírus.

A estudante do curso de enfermagem Thais Amanda Rossa, destaca que sua atuação e de seus colegas de call center tem como principal objetivo evitar que a população vá diretamente aos serviços de saúde e ocorram aglomerações.

“Como estudante da área da saúde sempre estou disposta a ajudar, não conseguiria ficar em casa vendo tudo acontecer e sabendo que poderia estar fazendo algo. Nessa plataforma não estamos em contato direto, mas é fundamental nosso serviço, pois nós classificamos o risco de pessoas que apresentem sintomas e passamos as devidas orientações.”

LINHA DE FRENTE - A enfermeira Cláudia Graf, da Unidade de Pronto Atendimento de Guaratuba, no Litoral, viu no programa uma forma de estar na linha de frente no combate à pandemia e não pensou duas vezes.

“Com essa oportunidade da bolsa em um momento de pandemia, me dei conta de que tudo o que fazia ainda era pouco e percebi minha capacidade de ir além. Me capacitar para fazer muito mais. Diante de um vírus desconhecido, unir capacitação e atuação foi o segredo”, afirmou.

A bolsista ressalta que, mesmo diante de tanto trabalho e tanta informação sendo repassada, ainda há uma parcela da população que não está tomando os cuidados necessários. “Tenho abordado pessoas até na rua pedindo para usar máscara. Ainda tem gente incrédula em relação à gravidade desta pandemia”, lamentou.

A enfermeira Viviane Moretti conta que na Unidade de Referência de Paranaguá, também no Litoral, o trabalho é intenso. “Atuamos diretamente com pacientes sintomáticos, realizando ações diretas, de orientação a emergência. Faço também a testagem para Covid”, explica ela.

Esse programa vem como apoio à gestão pública, no sentido de disponibilidade de recursos humanos. Sei que nesse momento de pandemia aumenta a necessidade de profissionais de saúde. Em consequência, há uma maior resolutividade nas ações, garantindo maior atenção à população e mais oferta de serviços”, comenta Viviane.

MONITORAMENTO - Nas divisas rodoviárias do Estado, enfermeiros, técnicos de enfermagem e acadêmicos de enfermagem desenvolvem ações voltadas ao monitoramento da entrada e saída de pessoas nos postos de atendimento da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

No posto próximo à Ponta Grossa, a enfermeira Anne Elizabeth Cleto Jaretz, conta que é gratificante ver a mudança de comportamento das pessoas que antes não usavam nenhum equipamento de proteção. “No começo a minoria fazia uso da máscara e tinha álcool em gel no carro. Hoje a maioria já se cuida da forma correta”, conta Anne. “O acompanhamento do nosso trabalho por policiais é fundamental, sem eles nosso serviço não tem efetividade. Trabalho com amor e com uma equipe muito boa”, afirma.

Na divisa entre Paraná e São Paulo, o estudante de enfermagem Thyago Murylo Moura Lody também ressaltou o maior interesse da população ems medidas preventivas. “Como estudante do último ano de enfermagem, posso avaliar como uma experiência incrível, além de estar contribuindo para prevenção da Covid-19”, diz ele.

“Chama a atenção a conscientização dos motoristas sobre os riscos. Muitos aderiram ao uso da máscara e do álcool em gel. São atenciosos ao ouvir as orientações da nossa equipe que conta com o apoio dos policiais e da Adapar”, enfatizou. 

MAIS VAGAS - Na última quarta-feira (29) o Governo do Estado fez nova chamada pública para contratação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e estudantes da área da saúde com a oferta de vagas  para atuar em 31 cidades do Paraná.

As inscrições estão abertas e o envio da documentação é todo online. O critério de escolha dos bolsistas será por ordem cronológica de inscrição.

Para acessar o edital completo, clique AQUI

GALERIA DE IMAGENS