A Divisão de Conjuntura Agropecuária, do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, divulgou nesta sexta-feira (03) o Boletim Semanal (www.agricultura.pr.gov.br/Pagina/Conjuntura-Boletim-Semanal-092020) analisando o estágio de produção e o preço de diversos produtos agropecuários. Entre os destaques, a mandioca, da qual o Paraná é o segundo produtor nacional.
A previsão é que o Paraná produza cerca de 3,4 milhões de toneladas do produto. Se confirmada, será uma produção 10% superior à da safra anterior, apesar de a área plantada ter crescido apenas 4%. Até agora foram colhidos 42% dos 141,1 mil hectares cultivados, mas os produtores já preparam terreno para a próxima safra.
GRÃOS - A segunda safra de feijão está praticamente colhida no Paraná, restando apenas 1%. Mas a estiagem prolongada em grande parte do primeiro semestre do ano pode levar a uma quebra de cerca de 40% no total a ser colhido, o que representa 174 mil toneladas a menos. A falta de chuva também pode comprometer a qualidade de parte das 263 mil de toneladas previstas, com grãos em diâmetro não uniforme.
Para o milho, o ciclone extratropical desta semana provocou impactos pontuais, que poderão acarretar menor produtividade em algumas regiões. Segundo o boletim, o mais comum nesses casos é a planta sofrer o processo de acamamento, com a perda da posição original, dificultando a colheita ou provocando perdas na produção e na qualidade do cereal.
AVICULTURA - Entre outras análises encontradas no boletim, está a que se refere à avicultura de corte. Ela vivencia, neste início de julho, alguns fatores adversos: elevação dos custos de produção, fraca demanda no mercado interno que afeta os preços e a incidência da Covid-19 em algumas plantas frigoríficas, que levou à suspensão da habilitação de algumas para exportação à China.
O boletim traz, ainda, considerações dos técnicos do Departamento de Economia Rural sobre a pecuária leiteira e as culturas de trigo e soja. A olericultura é destacada a partir da análise sobre batata e tomate, enquanto na fruticultura a discussão que se coloca é em relação aos entraves para o Brasil alcançar a marca de US$ 1 bilhão em exportações.