Boletim agropecuário aborda
a ovinocultura paranaense

Documento preparado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, aponta que o rebanho ainda é pequeno, mas tem um VBP de R$ 96 milhões, recursos importantes para algumas regiões do Estado. Núcleo regional de Cascavel, no Oeste do Estado, é o mais expressivo, seguido pelo de Guarapuava, no Centro-Sul.
Publicação
22/01/2021 - 14:13

Confira o áudio desta notícia

Apesar de o Paraná não ter um rebanho ovino expressivo, a cultura movimenta aproximadamente R$ 96 milhões por ano no Estado, dinamizando a economia de várias regiões, particularmente de Cascavel e Guarapuava. Essa é uma das análises do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento,  referente à semana de 16 a 22 de janeiro.

O Paraná tem um rebanho de 589 mil cabeças de ovinos. Em 2019, a participação desse segmento no Valor Bruto de Produção (VBP) estadual foi de aproximadamente 0,1%. Mesmo que os volumes pareçam pouco expressivos, a ovinocultura movimentou R$ 96 milhões durante o ano no Estado, valor importante para dinamizar a economia.

O núcleo regional de Cascavel, no Oeste do Estado, é o mais expressivo na produção, contribuindo com R$ 12,8 milhões para o VBP desse segmento. É seguido pelo núcleo de Guarapuava, com R$ 8,6 milhões. Praticamente a totalidade dos ovinos é destinada ao consumo interno.

Dados da Embrapa apontam que a cotação do ovino vivo teve variação positiva de 11,1% na comparação de dezembro de 2019 com o mesmo mês em 2020. O impulso foi dado, sobretudo, pela alta de soja e milho, pela redução na produção e consequente importação da carne ovina, e pela baixa disponibilidade de pastagem, em razão da estiagem severa.

A estimativa para 2021 é que haja aumento na produção. No entanto, os preços devem se manter ainda em alta seguindo a provável recuperação econômica. Também contribui para a formação do preço a manutenção da alta da soja, do milho e do dólar, o que eleva os custos na alimentação e nos insumos.

FEIJÃO E FRUTAS – O boletim registra, ainda, a colheita de 51% do feijão de primeira safra. De forma geral, o clima em janeiro está favorecendo a cultura, com boas expectativas de produtividade e qualidade dos grãos. Da segunda safra, apenas 7% foi semeada e a maioria está em fase de germinação.

Em relação às frutas, há análise sobre algumas das principais da pauta de importações do Brasil: peras, nozes, castanhas, uvas e maçãs. No total, o Brasil importa 25 espécies de frutas de 65 fornecedores. Em 2020, foram adquiridas 450,7 mil toneladas com despesas de US$ 596 milhões.

MILHO E SOJA – A semana se encerra com 57% da área da primeira safra de milho no Paraná na fase de frutificação. A colheita já começou, mas ainda não atinge 1% do total. Da segunda safra, a área plantada ainda é incipiente, com 1% do estimado.

Para a soja, as chuvas de janeiro foram benéficas. Mas, se ajudou a restabelecer a umidade do solo, elas também dificultam o acesso dos produtores às lavouras de algumas regiões para o trato cultural. A colheita está começando na região de Pato Branco, devendo se fortalecer a partir de fevereiro, a depender do clima.

OUTRAS CULTURAS – O documento produzido pelos profissionais do Deral traz também uma análise sobre o comportamento dos preços do trigo e derivados tanto para o produtor e industrial quanto para o consumidor. Leitura semelhante é feita em relação à avicultura de corte, com o estudo se estendendo também para a exportação.

Há ainda registro sobre as condições das lavouras de batata tanto da primeira safra, que já tem 87% da área colhida, quanto da segunda safra, que está com 39% semeada. Sobre a mandioca, o boletim retrata a dificuldade de trabalho a campo devido à chuva, mas com desenvolvimento satisfatório das lavouras plantadas.

Confira a íntegra do boletim  AQUI

GALERIA DE IMAGENS