Balé Teatro Guaíra recebe coreógrafo francês para experiência contemporânea

O primeiro encontro do coreógrafo francês Mathieu Guilhaumon com a companhia aconteceu nesta semana. O espetáculo será apresentado nos dias 3 a 5 de maio no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão), em parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná.
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05/04/2024 - 16:20
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Atrás das cortinas está nascendo uma nova obra no Teatro Guaíra. A primeira criação da temporada 2024 do Balé Teatro Guaíra será do coreógrafo francês Mathieu Guilhaumon, numa parceria inédita. O primeiro encontro do artista com a companhia aconteceu nesta semana, já com alguns ensaios. O espetáculo será apresentado nos dias 3 a 5 de maio no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão), em parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná, e ainda não tem nome definido. Valsas do compositor Johann Strauss, entre elas "Danúbio Azul", serão a base da nova obra.

“Eu queria trazer para a companhia um repertório que fosse muito dançante. A gente tem uma tradição de história, como 'Romeu e Julieta', mas eu gosto também da ideia de trazer a essência da dança, essa beleza do corpo em movimento. E as valsas foram trabalhos musicais já compostos para ter o corpo junto, para dançar”, explica o diretor do Balé Teatro Guaíra, Luiz Fernando Bongiovanni.

A valsa vienense vai ganhar um olhar da dança contemporânea. O convite a Mathieu Guilhaumon, bailarino e coreógrafo francês que mora em Santiago e atua, desde 2013, como diretor artístico do Ballet Nacional Chileno, é parte desse projeto.

“É interessante trazer alguém de fora porque são outras informações que reverberam dentro da companhia. O bailarino chega aqui e já é um profissional, mas continua aprendendo, continua se desenvolvendo, para isso é importante trazer essa construção de novos repertórios, trazer gente que convoque uma dança diferente, de um lugar diferente”, destaca Bongiovanni.

O trabalho de Mathieu Guilhaumon para essa apresentação iniciou há seis meses. “Comecei a investigar como nasceu a valsa e quais os princípios dessa dança. Em resumo, o trabalho consiste em traduzir de modo contemporâneo os elementos essenciais dessa tradição, que são: bailar a dois, girando, e o ritmo um, dois, três, um, dois, três”, afirma. “Eu trouxe uma ideia, mas o que comecei a receber no estúdio foi muito inspirador, a obra não existe sem os bailarinos”.

ESPETÁCULO DUPLO – Para formar o espetáculo de maio, a nova criação vai se unir a uma coreografia do repertório da companhia: “Outras Estações”, que estreou em 2022 como parte do espetáculo “Terra Brasilis”.

Coreografia de Jorge Garcia, “Outras Estações” traz reflexões sobre as migrações contemporâneas por parte de determinados grupos, tribos, povos, comunidades ou outras formas de coletividade. “O nome eu ainda estou procurando, mas é quase um diálogo com o trabalho do Jorge, de pé descalço, essa coisa mais aterrada, mais pra baixo e daí vem a valsa, esse corpo em movimento, muito pra cima. Vai ser muito bonito”, diz o diretor.

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