O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) destinou nos últimos quatro anos, no Paraná, R$ 394 milhões a financiamentos para empresas com propostas na área de energia limpa. Os maiores montantes foram pelo programa Fundo Clima, com R$ 60,82 milhões, e por meio da parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com mais R$ 96,40 milhões.
O restante foi viabilizado com recursos do programa Promove Sul, que fomenta o desenvolvimento produtivo, sustentável e social, e de linhas de crédito do BRDE com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf) e Banco Nacional de Desenvolimento Econômico e Social (BNDS), e Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame). Especificamente em 2019 foram R$ 111,31 milhões. No ano passado o volume chegou a R$ 181,46 milhões e em 2021, de janeiro a abril, já são R$ 9,48 milhões.
O vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley, lembra que o objetivo do Governo do Estado é tornar o Paraná um dos maiores produtores de energia sustentável do Brasil. Em dois anos, destacou ele, triplicou o número de emissões de licenças fotovoltaicas. “Seguimos as diretrizes do governador Ratinho Junior para fortalecer esse crescimento sustentável”, afirmou.
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O Programa Fundo Clima se destina a aplicar a parcela de recursos reembolsáveis do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. É um dos instrumentos da política nacional sobre mudança do clima e se constitui em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. A finalidade é garantir recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.
O subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes permite financiar 80% dos itens apoiáveis, ao custo de 4% ao ano para beneficiárias com renda bruta de até R$ 4,8 milhões. “Estamos apoiando as fontes de energias renováveis e reforçando o compromisso com a sustentabilidade. Por isso, é preciso contribuir com uma nova estruturação da cadeia industrial brasileira”, afirmou Wilson Bley.
Além de reforçar a responsabilidade ambiental, fontes de energias renováveis também podem ser muito lucrativas para os empresários. Alexandre Martins Farinazzo obteve crédito do BRDE para instalar painéis solares para geração de energia que está sendo utilizada em um núcleo para produção de frangos de corte, em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí.
“Meu custo de energia mensal diminuiu 98%. Eu estou pagando o mínimo pelo meu consumo de energia”, afirmou Farinazzo.
PARCERIA – A parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) somou investimento de R$ 96,40 milhões nos últimos quatro anos, por meio do Programa BRDE PCS - Produção e Consumo Sustentáveis.
O PCS financia projetos de impacto positivo sobre o meio ambiente e o clima e se tornou a linha de crédito mais demandada no BRDE. Abrange cinco eixos prioritários: energias limpas e renováveis, gestão de resíduos e reciclagem, uso racional e eficiente da água, agronegócio sustentável e cidades sustentáveis.
Por meio dele, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Forquilha conseguiu explorar seu potencial de implantação. O investimento total do projeto de implantação da usina foi de R$ 22,24 milhões, do qual o BRDE participou com o apoio financeiro de 92%.
Com o aumento de licença fotovoltaicas, o Estado pode gerar, em média, 1.600 kWh por metro quadrado e energia solar por ano. Além disso, com o bagaço da cana, tem a possibilidade de triplicar a produção de energia por biomassa e com os 416 milhões de suínos, aves e bovinos, somados aos resíduos urbanos, o Paraná gera energia por biogás capaz de atender 4,8 milhões de paranaenses.
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BANCO DO AGRICULTOR – O vice-presidente do BRDE destaca também que o programa Banco do Agricultor Paranaense, lançado pelo governador Ratinho Junior no último dia 27 de abril, abre oportunidade de crédito para investimentos em painéis fotovoltaicos para pequenos produtores.
A solução, que requer um investimento na aplicação, traz resultados importantes para os agricultores. “Todos ganham com esse investimento. Os pequenos agricultores, que podem diminuir seus gastos com energia, e o Estado, que deseja ser um dos maiores produtores de energia limpa”, afirmou Bley.