Com mais de R$ 2,3 bilhões em operações de crédito aprovadas no primeiro semestre deste ano, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) fechou o período com saldo positivo de R$ 130,495 milhões nos estados da região Sul, sua área de abrangência. É o melhor resultado nominal já alcançado pela instituição, quando considerado o período de janeiro a junho.
No Paraná, o volume total de crédito aprovado nos primeiros seis meses de 2021 para empreendedores clientes alcançou R$ 1,012 bilhão. Do montante contratado pelo BRDE no semestre, nos três estados, 44% foram por meio da agência do Paraná.
As operações contratadas pelo BRDE de janeiro a junho somaram R$ 1,223 bilhão na Região Sul. Apenas no Paraná foram R$ 540 milhões. Estima-se que esse montante tenha possibilitado a manutenção e/ou criação de aproximadamente 18 mil postos de trabalho com a viabilização de investimentos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul. Já em termos de arrecadação de ICMS para os estados onde o banco opera a projeção é de um incremento na casa de R$ 82,1 milhões/ano.
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Na avaliação do vice-presidente e diretor de Operações do banco, Wilson Bley Lipski, além de sua parceria histórica no fomento aos projetos de longo prazo, o banco vem dando uma resposta positiva, mesmo ainda em meio a um contexto de incertezas, em especial no apoio aos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19.
“Sem se afastar da missão maior de ser um parceiro estratégico para o desenvolvimento econômico e social da Região Sul, o primeiro semestre deste ano demonstra que o BRDE caminha alinhado com os novos tempos”, destacou Bley. “Criamos programas de estímulo ao empreendedorismo das mulheres, dos jovens, à economia criativa, às microfinanças e para capital de giro para empresas de menor porte. Os temas da sustentabilidade ambiental e social fundamentam nossas ações”.
REGIÃO SUL – Nos primeiros seis meses do ano, o banco já acumula R$ 2,334 bilhões em operações de crédito aprovadas. Um total de 1.393 contratos de empréstimo e financiamento já foram assinados, em especial em favor do setor agropecuário (823 contratos). O segmento do comércio e serviços responde por outras 291 operações, seguindo das áreas de infraestrutura (141) e indústria (138).
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Em termos de operações contratadas, o crescimento foi de 3,5%, na comparação do primeiro semestre de 2020 e de 2021.
Com destaque para o resultado operacional e uma forte recuperação de créditos, o incremento do patrimônio líquido do BRDE foi 57% nos seis primeiros meses deste ano, em relação a igual período de 2020.
“Trata-se de um resultado muito expressivo se considerarmos o cenário econômico ainda fortemente impactado pela pandemia. Demonstra o quanto a instituição está preparada para auxiliar os diferentes setores para uma retomada dos investimentos”, afirmou Bley.
DIVERSIFICAÇÃO – Na primeira metade do ano, o BRDE intensificou a parceria com instituições financeiras internacionais. Essa diversificação de seu funding permitiu, em especial, financiar capital de giro e um maior apoio a projetos na área de geração de energia com fontes renováveis.
Ao mesmo tempo, no esforço de ampliar o volume de crédito disponibilizado, o banco tornou-se o principal repassador nacional do Programa Agrícola Prodecoop – para desenvolvimento de cooperativas –, do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), das operações via Canais Digitais para o Setor Público e do Pronaf Investimento.
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RESULTADOS – De janeiro a junho deste ano, o resultado operacional alcançou R$ 264,7 milhões. Boa parte do valor se deve a um melhor desempenho em termos de intermediação financeira, com redução acima de R$ 120 milhões no item das despesas de operações com empréstimos e repasses.
O resultado operacional foi igualmente influenciado pela redução significativa das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa, os quais passaram de R$ 74,5 milhões no primeiro semestre de 2020 para R$ 2,8 milhões (reversão) no mesmo período deste ano.
Do lado da receita, o balanço do primeiro semestre aponta para um crescimento expressivo de 78% na recuperação de créditos: R$ 91,7 milhões. Esse resultado considera a recuperação por renegociação e a recuperação efetiva.
O relatório também mostra que 100% do resultado foi incorporado ao patrimônio líquido do banco, que agora está em R$ 3,232 bilhões – dezembro de 2020 era de R$ 3,099 bilhões. A carteira de crédito está em R$ 13,250 bilhões, o que coloca o banco entre os maiores do país neste quesito. Já o ativo total alcançou o valor de R$ 16,1 bilhões.
Aspecto que vem sendo ressaltado pelas agências de classificação de risco, o índice de inadimplência registrado pelo banco é outro ponto ressaltado no balanço. O percentual de atrasos nos pagamentos, a partir de 90 dias, continua em patamares muitos baixos, atingindo 0,61% em junho. O índice é consideravelmente inferior ao do conjunto de bancos públicos, que atingiu 2,27%, e dos bancos privados, com 2,28%.
PERFIL DA CARTEIRA – Sem mudanças expressivas em relação ao mesmo período do ano passado, a concentração das operações segue majoritária em apoio ao setor privado (96%), com destaque para a agropecuária (27,1%) e indústria (22,8%). Na sequência, a carteira está dividida em projetos de infraestrutura (20,8%), comércio (17,2%) e serviços (8,1%). A carteira total de financiamentos do banco é composta por 33,3 mil operações ativas de crédito, com saldo médio de R$ 396,8 mil.
O demonstrativo financeiro do primeiro semestre de 2021 foi aprovado pelo Conselho de Administração do BRDE na última quarta-feira (25) e sua íntegra está publicada no site da instituição. Em 30 de junho, o banco possuía 31,8 mil clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estavam localizados em 1.084 municípios.
A instituição acaba de completar 60 anos de atuação, com um compromisso cada vez mais alinhado com as agendas da inovação e da sustentabilidade.