Bancos de todo o País processaram pedidos de renegociação de contratos de crédito, considerando a prorrogação por até 60 dias para amenizar os efeitos econômicos gerados pela crise do novo coronavírus. No Paraná, um dos destaques é o BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. O saldo dos contratos prorrogados representa mais de R$ 1 bilhão, sendo que os clientes só voltarão a fazer os pagamentos em outubro.
Logo no início da pandemia, o Banco criou uma força-tarefa para agilizar os atendimentos de novos pedidos e, também, analisar possibilidades de renegociação entre os contratos vigentes. No total, o Banco conseguiu enquadrar 1.445 contratos, o que representa mais de 800 clientes, com prioridade para os contratos com micro e pequenas empresas.
“Demos um prazo para que os clientes manifestassem interesse na prorrogação e, depois disso, aqueles que não se manifestaram foram procurados pela nossa equipe. Ao final desta triagem, os clientes optaram pela prorrogação de 48% dos contratos”, detalha o diretor Administrativo do BRDE, Luiz Carlos Borges da Silveira.
“Não tinha como ser diferente. Inovamos processos, digitalizamos as interfaces de comunicação com os clientes, diminuindo o prazo de resposta para eles, aumentamos os fundings com ajuda de fundos internacionais e fortalecemos a inovação de produtos do BRDE”, explica o diretor de Operações do Banco Wilson Bley Lipski.
“Estamos sensíveis a esse momento crítico e buscamos alternativas para ajudar os clientes que já tinham contratos vigentes conosco, por isso a importância em buscar novos fundings para atender aos pedidos que, desde início do ano, somaram mais de R$ 1,3 bilhão em liberações de crédito em todo Sul”, afirma.
RECUPERA SUL - Além disso, o BRDE também lançou, logo no início da pandemia, o Recupera Sul, um programa emergencial de crédito que visa a recuperação da economia na região Sul do País. No total, mais de R$1,3 bilhão foi liberado, possibilitando a retomada do crescimento econômico, com geração de renda e manutenção dos empregos.
CENÁRIO NACIONAL - Os cinco maiores bancos do país processaram mais de 2 milhões de pedidos de renegociação de contratos de crédito, segundo a Febraban – Federação Brasileira de Bancos, levando em conta o benefício de prorrogação por 60 dias, concedido para amenizar os efeitos econômicas da pandemia de Coronavírus.
Os valores dessas negociações chegam a R$ 200 bilhões, abrangendo várias linhas, como a de crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito com garantia de imóveis, crédito para aquisição de veículos e capital de giro.
O levantamento informa, ainda, que os valores das negociações da Caixa, do Bradesco, do Banco do Brasil, do Itaú e do Santander, prorrogaram mais de 2 milhões de pedidos, o que representa mais de R$200 milhões em negociação.