O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou nesta segunda-feira (7) que, depois de reduzir de 28 para 15 o número de secretarias, o governo está organizando a modernização das autarquias estaduais. Em entrevista à Rádio Paiquerê, de Londrina (Norte), Ratinho Junior disse que o compromisso de sua gestão, assumido ainda em campanha, é modernizar a máquina pública e reduzir as despesas do governo.
“O cidadão brasileiro não aguenta mais bancar a máquina pública porque ela passou a ter um custo muito alto. Ao longo das décadas, foram criadas muitas repartições, departamentos, autarquias e secretarias, muitas vezes apenas com cunho político, para abrigar apadrinhados”, disse.
A reforma administrativa, afirmou o governador, foi baseada em um estudo encomendado pela atual gestão à Fundação Dom Cabral, e que contou com o apoio do G7, que representa o setor produtivo paranaense, e da Itaipu. “Um cálculo superficial, que será aprofundando com o tempo, mostra que cada secretaria representa uma economia de R$ 200 mil a R$ 300 mil por mês, um valor considerável ao longo do ano, que é pago pelo cidadão. Esse dinheiro pode ser aplicado em áreas prioritárias”, explicou.
FUSÃO – O governador garantiu que as estruturas não serão extintas, mas haverá a fusão de autarquias correspondentes, como o Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná (ITCG) e o Instituto das Águas do Paraná, que pertencem à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
O mesmo acontecerá com alguns órgãos da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, como o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) e o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA).
Ele salientou que as estruturas serão remodeladas, com a diminuição no número de diretorias, que não vai impactar no atendimento ao produtor rural. “O que faremos será otimizar e modernizar esses órgãos, para que eles estejam preparados para atender a tecnologia de precisão que já está presente no meio rural”, explicou. A medida não visa a diminuição de servidores. “O maior ativo desses institutos são seus profissionais, que têm anos de qualificação e receberam investimento do Estado para sua formação.”