Depois de dois anos de pausa, devido à pandemia, o navio de ensino Ciências do Mar I volta a atracar no Porto de Paranaguá. Nesta segunda-feira (24), 12 alunos e quatro professores do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), embarcaram no terminal paranaense para mais uma missão de formação.
O grupo fica em atividade até sexta-feira (28). A embarcação, porém, permanece atracada para receber um novo grupo na próxima segunda-feira (31). Nesse segundo embarque, vão a bordo alunos e professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
“Para a gente é sempre um prazer atender as embarcações de ensino que contribuem para a formação técnica e para o cuidado com o meio ambiente”, afirma o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Junior.
O Ciências do Mar I é um laboratório flutuante e, desde 2018, atua na formação de alunos de diversos cursos ligados ao oceano, de universidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Segundo o professor de Oceanografia Física e Sensoriamento Remoto do CEM, Mauricio Almeida Noernberg, o objetivo é que os alunos tenham a experiência de trabalhar embarcados. “Essa é a oportunidade que eles têm de estarem em contato com os principais equipamentos, fazerem as coletas biológicas, geológicas, químicas e físicas”, explica.
A experiência contribui, também, para a atividade profissional dos futuros oceanógrafos. “O trabalho embarcado é uma das grandes áreas de atração do mercado de trabalho e emprego para os profissionais da área de Oceanografia: levantamentos offshore, observação de pesca”, lista o professor.
EMBARCAÇÃO – A tripulação do Ciências do Mar I é de 10 pessoas. Além de comandar o navio, Onildo Leal Gaia também coordena as atividades de recolhimento de amostras que os alunos e professores fazem em mar, para os estudos. Ele, que é marítimo há quase 47 anos, conta que cada viagem é diferente.
“Cada vez que a gente sai, eu aprendo algo novo. Faço questão de ir ao convés e interagir com os alunos e ver o que eles estão coletando. Trabalhamos aqui com 14 tipos de equipamentos. Sempre tem algo diferente e isso enriquece”, comenta o capitão.