Após dez anos, Hospital de Reabilitação ganha leitos de UTI

Espaço que foi construído há uma década e estava vazio agora é Unidade de Terapia Intensiva para pacientes que passam por procedimentos de alta complexidade, neurocirurgias e cirurgias ortopédicas. Novos leitos foram inaugurados pelo governador.
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01/10/2019 - 17:10
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O Hospital de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier (CHR), de Curitiba, recebe dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O espaço estava fechado há dez anos e foi inaugurado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira (1°). O investimento da Secretaria da Saúde na abertura da UTI é de R$ 1,5 milhão.

O hospital atende apenas pelo SUS e oferece tratamentos especializados a portadores de doenças neurológicas, neurocirúrgicas e ortopédicas agudas ou crônicas. A UTI abrigará pacientes que passam por procedimentos de alta complexidade, neurocirurgias e cirurgias ortopédicas.

O espaço foi erguido em 2008, mas estava vazio até então, sem nenhum equipamento ou estrutura de atendimento. Agora, além de equipamentos, também já estão à disposição da UTI 60 novos profissionais, entre médicos, enfermeiros e equipe de apoio administrativo, que atenderão 24 horas por dia. Com a abertura dos leitos, o hospital também vai poder utilizar de maneira adequada as quatro salas de cirurgia, que eram usadas para complementar a terapia intensiva.

Ratinho Junior afirmou que o Estado tem obrigação de prover as ferramentas necessárias para médicos e enfermeiros trabalharem com tranquilidade. “Essa UTI estava parada, nós a ativamos. Já passamos de 37 cirurgias por mês nesse hospital para 169 no final de setembro, e serão aproximadamente 400 no final do ano. É uma unidade importante para Curitiba e que agora pode ajudar a diminuir a fila de espera de alta complexidade”, disse o governador.

Ele também explicou que a Secretaria de Saúde trabalha para descentralizar os atendimentos e integrar a população da Região Metropolitana às estruturas da capital.

CARGA MÁXIMA - O Hospital de Reabilitação tem 11 anos e atende mensalmente cerca de três mil pacientes. Ele foi incorporado em julho pelo Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) e passou a operar com carga máxima com a incorporação de 70 leitos comuns – até então, o hospital utilizava apenas 15.

HOSPITAL VIVO - O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que os novos leitos de UTI vão franquear a possibilidade de procedimentos mais complexos para atender uma fila de espera de cerca de sete mil pessoas em Curitiba e Região Metropolitana.

“Colocar esses leitos para funcionar vem ao encontro da prioridade do Governo do Estado que é deixar as estruturas de saúde à disposição da população. Vamos abrir vagas inclusive no ambulatório do hospital para todo o Paraná no quesito reabilitação nível 3, o mais elaborado da área da saúde”, disse o secretário.

MAIS MODERNOS - O médico Geci Labres de Souza Junior, diretor do Complexo Hospitalar do Trabalhador, responsável pela gestão da unidade, disse que a UTI inaugurada nesta terça-feira está equipada com os equipamentos mais modernos do mercado.

“Essa UTI, no SUS, é diferenciada. Dificilmente alguém vai encontrar uma UTI com esse padrão de qualidade fora do sistema privado. Todos os leitos estão equipados com monitores, ventiladores e todos os equipamentos necessários para prover um bom tratamento aos pacientes”, afirmou.

OUTRAS MELHORIAS - Além da inauguração de dez leitos de UTI, a reestruturação do Hospital de Reabilitação contou com investimentos nos leitos comuns, no tomógrafo (que agora conta com equipe especializada) e nas piscinas (que não eram aquecidas e não recebiam tratamento, o que impactava uma fila de espera).

PRESENÇAS – Participaram da cerimônia o deputado estadual Subtenente Everton; o diretor do Departamento de Apoio à Pessoa com Deficiência e de Políticas Públicas para Acessibilidade da Secretaria Estadual de Justiça, Família e Trabalho, Felipe Braga Côrtes; os prefeitos de Colombo (Beti Pavin) e Contenda (Carlos Alberto Stabach); o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; a secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak; o vereador Mauro Bobato; diretores da Secretaria de Saúde, e funcionários e pacientes do CHR.

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Fusão vai criar maior complexo hospitalar do Paraná

O Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier (CHR), o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio Palatal (CAIF) e o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) foram incorporados ao Hospital do Trabalhador (HT) em maio, o que deu origem ao Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT), que será o maior do Paraná e referência no País. Essas eram as principais estruturas públicas da Secretaria de Saúde em Curitiba. O CHT foi criado a partir da Resolução N° 353/2019 – SESA e é destinado exclusivamente ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O Centro Hospitalar de Reabilitação vai acrescentar 70 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI ao Hospital do Trabalhador, que já possui 172 leitos de enfermaria e outros 40 de UTI (adulto, neonatal e pediatria).

O Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio Palatal (CAIF) foi o primeiro a ser incorporado. O CAIF é uma das melhores unidades do País em cirurgias de malformações da face, dentre elas a fissura lábio palatal, e também vem ampliando sua capacidade com novos consultórios odontológicos. A Secretaria da Saúde investe, ainda, em uma recepção mais ampla e confortável.

Outra mudança será a transferência dos ambulatórios que atualmente ocupam 14 consultórios do Hospital do Trabalhador e fazem cerca de oito mil atendimentos ao mês para o antigo CRE Kennedy. O Governo do Estado fará uma reforma de R$ 8,8 milhões no prédio que abrigará mais de 40 consultórios, onde serão realizados cerca de 20 mil atendimentos ao mês. O Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que fica no antigo prédio do CRE Kennedy, foi incorporado ao complexo.

O Hospital do Trabalhador também ampliará a sua estrutura de pronto socorro, com previsão de duplicação da unidade de emergência para o próximo ano, e também receberá novos equipamentos.

O secretário da Saúde, Beto Preto, disse que o complexo possibilita atender de forma especializada e otimizada, reduzir os custos com os setores administrativos, agilizar os processos de compra, facilitar as transferências de pacientes e melhorar a utilização dos equipamentos. “Temos um complexo com uma direção-geral, possivelmente vamos agregar mais estruturas a ele e, assim, poderemos cobrar mais metas, mais resultados e atingir ainda mais pessoas em todo o Estado”, afirmou.

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