Um concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná, sob regência do maestro Alexandre Brasolim, deu início nesta quinta-feira (01) à comemoração pelos 20 anos do Museu Oscar Niemeyer (MON). O concerto foi no vão-livre do Museu. O evento também marcou o lançamento da instalação “Terzo Paradiso”, exposição coletiva de 60 artistas, no gramado frontal da instituição.
Curadores, artistas, autoridades, patronos, patrocinadores e parceiros participaram da cerimônia que celebrou o maior museu de arte da América Latina. “O MON foi apontado pelos visitantes como o quinto mais importante do Brasil e está entre os museus mais impactantes do mundo pelo ranking da BBC Culture”, destacou a diretora-presidente, Juliana Vosnika. “Fomos destaque durante mais de cinco anos na revista de arte ‘Newspaper’ com as exposições mais visitadas do mundo”, ressaltou.
Juliana disse que há muito a comemorar nesse período, especialmente no pós-pandemia, quando o museu que, segundo ela é “jovem, porém maduro”, conseguiu consolidar um acervo de mais de 14 mil obras de arte, quintuplicado nos últimos anos. “Em 2019 tivemos 380 mil visitantes. Depois de dois anos difíceis para todos nós, em 2022 vamos bater recorde de público”, anunciou.
A superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, homenageou, pedindo uma salva de palmas, os arquitetos Oscar Niemeyer e Jaime Lerner, in memorian. O primeiro foi responsável pelo projeto arquitetônico do MON e o segundo pela idealização do museu há 20 anos. Ao longo dessas duas décadas o MON já abrigou 388 exposições.
Luciana, que é presidente da Associação Amigos do MON, disse que sua trajetória na cultura está totalmente ligada ao Museu e destacou o papel desse espaço cultural como catalisador das variadas manifestações artísticas e a valorização da arte paranaense. "A mistura de tudo isso é o que torna o MON tão vibrante, tão interessante e tão atraente aos olhos dos espectadores de todas as idades”, afirmou.
Secretário da Comunicação Social e da Cultura, João Evaristo Debiasi lembrou que o MON é um símbolo da cultura do Paraná e exalta os traços inconfundíveis criados por Oscar Niemeyer. “É um olho em Curitiba que transformou sua paisagem urbana”, afirmou. Ele citou as doações recebidas pelo Museu nos últimos anos, com destaque para as coleções asiática, africana e a do mestre Poty Lazzarotto.
“É uma satisfação ver a performance que os museus têm entregado depois da demanda reprimida provocada pela pandemia. Ficamos contentes pela pronta resposta que os profissionais de cultura têm dado, de não deixar faltar entretenimento e cultura de qualidade para a população por meio das plataformas digitais, e pela população paranaense que, tão logo a pandemia arrefeceu, foi prontamente revisitar os nossos museus e nossos equipamentos de cultura e de turismo”, afirmou.
Ele também destacou o papel de descentralização do MON. A cidade de Cascavel, no Oeste, se tornou a primeira do Brasil a ter uma célula do Museu Oscar Niemeyer. A exposição "África, Expressões Artísticas de um Continente" levou ao Interior do Paraná 200 peças adquiridas ao longo de mais de 50 anos pelo casal Ivani e Jorge Yunes, detentores de uma das maiores coleções de arte do Brasil.
TERZO PARADISO – Após homenagens aos patronos e patrocinadores do MON, os participantes do evento visitaram em primeira mão, no gramado frontal, a exposição coletiva “Terzo Paradiso”, que tem curadoria de Marc Pottier e produção de Consuelo Cornelsen. A mostra reúne 60 artistas paranaenses ou que possuem fortes ligações com o Paraná. A exposição pode ser vista pelo público no gramado do museu a partir desta sexta-feira (02). Depois, irá para o vão-livre do MON, onde estará no período entre 09 de dezembro de 2022 a 29 de janeiro de 2023.