O mercado imobiliário da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) alcançou um marco em 2024, com um salto significativo no número de análises realizadas pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep). Os dados do ano passado apontam para 1.208 processos analisados, representando um aumento de 33% em relação a 2023 (908) e estabelecendo um novo recorde.
O crescimento não apenas reflete o aquecimento do mercado da construção civil, mas também evidencia a relevância do trabalho realizado pela Amep, responsável pelo controle do uso e ocupação do solo na região. Esse controle é essencial para assegurar que os empreendimentos respeitem a capacidade do solo e protejam os mananciais de abastecimento, garantindo o desenvolvimento sustentável da RMC.
Desde 2016, o Departamento de Controle do Uso e Ocupação Territorial (DCOT) da Amep realiza o monitoramento anual dos processos analisados. Além de servir como métrica de produtividade, esse acompanhamento permite medir o dinamismo do setor imobiliário na região.
Os números mostram que, entre 2016 e 2018, foram analisados em média 500 processos por ano. Em 2019, o volume subiu para 664, um recorde que permaneceu até 2021, quando o mercado iniciou uma recuperação robusta após a pandemia de Covid-19. Desde então, os dados demonstram crescimento consistente: 904 processos em 2021, 884 em 2022 e 908 em 2023, culminando no salto expressivo de 2024.
Para Gilson Santos, presidente da Amep, o desempenho de 2024 simboliza o otimismo do mercado e o bom momento econômico do Paraná. “O mercado da construção civil é um dos maiores e mais importantes da economia do País. O expressivo crescimento registrado na RMC demonstra não apenas a confiança do mercado no Estado, mas também o impacto positivo de um ambiente econômico favorável”, afirmou.
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O presidente Amep destacou que os empreendimentos aprovados em 2024 deverão se materializar nos próximos anos. “O setor da construção civil é de longo prazo. O que estamos aprovando hoje será realidade daqui dois, três anos ou mais, o que indica que o Paraná continuará em ritmo acelerado de crescimento”, acrescentou.
Segundo Santos, o aumento no número de análises também reforça a eficiência da Amep em atender à crescente demanda e reafirma sua contribuição para o planejamento urbano sustentável.