A turma de Engenharia de Pesca, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), do câmpus de Toledo, embarcou nesta segunda-feira (31) para pesquisas a bordo do Ciência do Mar I, um laboratório flutuante gerido pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Neste novo grupo que vai atuar na embarcação, em passagem pelo Porto de Paranaguá, são 15 integrantes: 12 alunos e três professores.
O navio de ensino Ciências do Mar I voltou a atracar no terminal paranaense, depois de dois anos de pausa devido à pandemia, no último dia 24 de outubro. A primeira turma a embarcar foi de 12 alunos e quatro professores do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Depois de cumprir as atividades práticas de uso dos equipamentos e coletas biológicas, geológicas, químicas e físicas em mar, a turma da UFPR retornou na última sexta-feira (28).
A embarcação atracou no berço 208 do Porto de Paranaguá. A equipe do navio e das universidades teve o apoio da Diretoria de Operações da Portos do Paraná para o embarque. Eles zarpam ainda nesta segunda-feira (31), com previsão de retorno para a próxima sexta-feira (4), por volta das 8h.
CONHECIMENTO – Segundo o coordenador do curso, responsável pela atividade, professor Pitágoras Augusto Piana, o objetivo da atividade é formação de recursos humanos para atuar nos ambientes marinhos. “Esse é o momento que dá oportunidade aos alunos vivenciarem aquilo que eles vêm em teoria, em sala de aula”, afirma.
De acordo com ele, que também é formado pela Unioeste na primeira turma de Engenharia de Pesca, a parte de água salgada que existe no curso diz respeito à navegação, hidro-acústica, a todas as comunidades de seres vivos que existem no mar. “A gente tem toda essa parte de atuação voltada para o mar, com a qual eles têm contato aqui, com essa atividade a bordo do Ciências do Mar”, completa.
Como detalha o professor Piana, pós-doutor em Ecologia de Ambientes Aquáticos continentais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), o ramo de atuação da Engenharia de Pesca em ambientes marinhos vai desde maricultura (produção de ostras, camarões, mexilhões etc) até a produção de pesquisa e estudos relacionados à vida marinha, navegação, processamento de pescados.
“Já temos engenheiro de pesca, formado em Toledo, interior do Paraná, que trabalha no processamento de pescado e pesca marinha em grande empresa de Santa Catarina”, conta.
EMBARCAÇÃO – O Ciências do Mar I, registrado pelo Ministério da Educação (MEC) e gerido pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), é um laboratório flutuante e, desde 2018, serve à formação de alunos de diversos cursos ligados ao mar, de universidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A tripulação do Ciências do Mar I é de 10 pessoas. Apesar de uma embarcação pequena - 32 metros de comprimento e pouco menos de oito metros de largura (boca) – carrega 14 tipos de equipamentos de pesquisa a bordo. Este foi o primeiro navio do Brasil focado para o estágio dos alunos a toda a parte científica ensinada nas universidades.