Com projetos que evidenciam a dedicação à pesquisa e em prol da inovação, alunos da rede estadual do Paraná foram premiados na Feira Brasileira de Ciências e Engenharias (Febrace), uma das mais importantes do País e entre as maiores da América do Sul neste tema, promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Cinco projetos idealizados por estudantes de escolas estaduais foram finalistas e dois foram premiados na feira, que aconteceu em São Paulo, entre os dias 20 e 24 de março.
Gabrieli Monique Campos, de 17 anos, aluna do ensino médio do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, em Toledo, é autora de um dos trabalhos mais destacados do evento. Nomeado "Avaliação do efeito do biofilme comestível à base de plânctons e/ou diferentes amidos na conservação de vegetais in natura”, o projeto apresenta soluções eficazes para a agricultura no que diz respeito à conservação de alimentos.
“A partir das experiências obtivemos resultados satisfatórios. Para tanto, utilizamos biofilme à base de diferentes extratos vegetais como uva-do-Japão, pau amargo, óleo de neen e óleo de copaíba, juntamente com os amidos de farinha de tapioca, polvilho doce, polvilho azedo, araruta e fécula de mandioca para evitar contaminação de fungos”, revela a estudante.
Aclamada entre os participantes, Gabrieli recebeu os seguintes prêmios: Destaque de Unidade da Federação: Paraná; destaque em habilidade e criatividade em biologia in vitro; 2º lugar na categoria de Ciências Biológicas; 2º lugar no prêmio Ashland. Ela recebeu, também, a Credencial Fenadante, para feira de São Paulo, e Credencial Genius Olimpiad, de Nova Iorque (EUA).
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OUTROS TRABALHOS – Além de Gabrieli, Bianca Antunes Schmidt (16) e Gustavo Henrique Laurindo (16), do Colégio Estadual Marechal Castelo Branco, em Primeiro de Maio (Região Metropolitana de Londrina), também tiveram seu trabalho premiado. Responsáveis pelo projeto "Robô Afonso", os alunos desenvolveram – por meio da tecnologia – uma alternativa para ajudar pessoas com Alzheimer.
Controlado via celular, o robô interage com o paciente, perguntando, por exemplo, se já comeu, tomou banho ou tomou os remédios naquele dia. Afonso também pode entregar os medicamentos numa miniesteira, com um aviso dos horários nos quais precisam ser tomados.
“Existem planos de colocar um tablet para mostrar imagens para esses pacientes”, conta a professora orientadora, do trabalho, Silvia Monteiro Bonancea. Os estudantes receberam um certificado pelo forte potencial de contribuição para enfrentamento de condições crônicas não transmissíveis. O resumo do projeto será publicado no forumdcnts.
A lista com todos os projetos que foram premiados no evento está no site da Febrace.
FEBRACE – A Feira de Ciências e Engenharias é reconhecida nacionalmente como uma das maiores da América do Sul. Podem participar estudantes do 8º e 9º anos do ensino fundamental, do ensino médio ou técnico de todo o Brasil. As viagens de representantes dos projetos da rede estadual do Paraná foram custeadas pela Secretaria da Educação. É possível acompanhar tudo o que aconteceu na feira no site e no Instagram.