Muita gente sonha em escrever o próprio livro. Para os alunos do 7° ano do Colégio Estadual Meneleu de Almeida Torres e da Escola Estadual Júlio Teodorico, em Ponta Grossa, isso já virou realidade antes mesmo da maioridade. Por meio de uma atividade especial, da disciplina de Língua Portuguesa, eles escreveram e ilustraram seus próprios livros. Ao todo, foram publicadas 180 obras autorais.
A ideia começou nas aulas sobre o gênero textual conto, quando as professoras Angela Maria Grochoski e Gláucia Marília Hass propuseram aos estudantes a escrita de histórias com temática livre, utilizando a plataforma Redação Paraná, criada pela Secretaria da Educação.
Missão dada, missão cumprida. Os jovens escritores produziram, ao longo de 2022, diferentes narrativas. Posteriormente, os textos foram corrigidos (também por meio do Redação Paraná), ganharam ilustrações e foram publicados na plataforma Estante Mágica.
Os exemplares estão disponíveis tanto em formato digital (gratuito) quanto impresso – que pode ser comprado.
Fernando Oliveira da Silva (12) escreveu seu livro com base em uma experiência pessoal. A obra “Tutty e Fernando numa aventura intergaláctica" narra a história de um menino e seu fiel companheiro – o cachorro Tutty – em busca da cura do câncer. Na trama, a dupla volta no tempo para salvar a mãe de Fernando, que faleceu em decorrência da doença.
“Eu desejava muito conseguir a cura dessa doença para que outros filhos não passassem pelo que passei", afirma o estudante da Escola Estadual Professor Júlio Teodorico. Para escrever o livro, ele destacou o apoio e o incentivo das professoras Gláucia e Marli, orientadoras do projeto. “Teremos continuação, agora conhecendo um novo amigo”, garante o aluno.
Já Nicoli Rodrigues dos Santos, também da Escola Estadual Professor Júlio Teodorico, escolheu o gênero com o qual mais se identifica: o romance. “As ilustrações foram os pontos positivos e desafiadores da minha obra”, destaca a aluna, responsável pelo texto “Dois Amores".
Em seu livro, Nicoli conta a história de um amor platônico. Na trama, dois adolescentes rivais se apaixonam, mas só conseguem o “felizes para sempre” cinco anos depois.
Para a correção dos trabalhos, a plataforma Redação Paraná mostrou-se, novamente, uma ferramenta eficaz, aliada do professor. “O trabalho com a plataforma Redação Paraná simplifica a correção das redações e torna esse processo mais rápido e menos desgastante. Principalmente quando o volume de trabalhos é grande, como foi o caso”, destaca Gláucia Marília Hass.
A professora reforça ainda a importância da atividade para despertar a percepção dos alunos sobre a fluidez da linguagem. “O trabalho foi muito importante para o desenvolvimento das competências linguísticas e sociocognitivas dos estudantes e para o seu engajamento nas atividades”, explica.
- Da escola pública para o mundo: alunos aprovados na UFPR compartilham suas experiências
- Estado inicia entrega de 112 mil carteiras aos colégios estaduais, algumas com formato inédito
CELEBRAÇÃO – Para comemorar a dedicação e esforço dos alunos, um evento de autógrafos foi realizado no auditório do Colégio Estadual Regente Feijó, em Ponta Grossa, no início do mês de dezembro. Os alunos receberam certificados pela realização do livro e participação no evento. Amigos e familiares estiveram presentes, além de dois egressos da instituição, Phellip Willian e Melissa Garabelli, hoje escritores premiados, com obras publicadas internacionalmente.
REDAÇÃO PARANÁ – O Redação Paraná é uma plataforma de produção textual que trabalha de forma integrada com o professor. A inteligência artificial corrige a estrutura da língua e o professor fica responsável em corrigir a parte discursiva e subjetiva da redação elaborada pelo aluno.
Ela ajuda alunos ao longo de todo o ano letivo a melhorarem a redação visando as provas do Enem, vestibulares e as lições de casa.