Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) https:/uenp.edu.br/ realizam um levantamento da avifauna do Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes. Em três meses, já foram registradas 91 espécies, entre elas pica-pau-de-cabeça-amarela, falcão-de-coleira, urutau, tucanuçu e coruja-buraqueira. A pesquisa registra as aves encontradas em diferentes áreas de vegetação.
“Os projetos são importantes para a proteção das espécies de aves do local, pois só protegemos aquilo que conhecemos. Por isso conhecendo a diversidade da avifauna do local, podemos passar esse conhecimento para a sociedade, professores, alunos, visitantes, crianças, funcionários e equipe acadêmica”, explica o estudante Lucas Cordeiro Costa da Silva.
Ele sempre teve interesse pela ornitologia (estudo das aves). Já Roberta Souza Annunciato Busato passou a se interessar pela área durante a graduação. “A ideia do projeto surgiu em uma conversa com o nosso orientador Diego Resende Rodrigues e, assim, juntamos o carinho pela ornitologia com a vontade e a curiosidade de descobrir as espécies de aves do Campus Luiz Meneghel. Após isso, firmamos a parceria com a nossa coorientadora Paula Guarini Marcelino, que desde então tem nos ajudado demais no desenvolvimento desse projeto”, relata Roberta.
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PROTEÇÃO - Atualmente, os alunos desenvolvem dois projetos diferentes: o trabalho do Lucas está sendo realizado na área principal do campus e nascente 1. O de Roberta é em uma área de matriz com vegetação mista (Sistema Agroflorestal no entorno) mais afastada, na nascente 2. Segundo Lucas, o objetivo dos trabalhos é fazer o levantamento da avifauna do Campus, que ocorrem nos diferentes tipos de vegetação.
Os estudantes iniciaram as coletas em junho de 2021 e vão estender até junho de 2022. Apesar de o objetivo dos dois trabalhos serem parecidos, as metodologias adotadas são diferentes, pois são áreas distintas. “O trabalho no Campus possui quatro pontos fixos de observações e um transecto, que é uma rota pré-definida que acontece no início da manhã e no final da tarde, se estendendo até o início da noite”, relata Lucas. "Já na nascente dois o trabalho ocorre em uma matriz de vegetação heterogênea, possui apenas dois pontos fixos por se tratar de uma área menor e um transecto que também acontece no início da manhã e no final da tarde e também se estende até o início da noite”, descreve Roberta.
SURPREENDENDO - O resultado parcial do levantamento da avifauna do Campus vem surpreendendo cada vez mais os estudantes. Entre as aves que também já foram catalogadas estão o Príncipe (Pyrocephalus rubinus), o Choró-boi (Tabara major); o Canário-da-terra (Sicalis flaveola); o Martim-pescador-grande (Megaceryle torquata); e o Besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus).
A dupla pretende, futuramente, preparar um material didático, numa espécie de guia, com todas as espécies monitoradas. Enquanto isso, visando aproximar mais as pessoas com a natureza e com os animais, os estudantes criaram um perfil no Instagram @avesdamataatlantica para divulgar os registros com informações sobre as aves.