O grande interesse por vacinas fez a jovem estudante de 14 anos Beatriz Benhossi Lopes, do Colégio Estadual Dr Gastão Vidigal, em Maringá, visitar no fim do mês passado o Instituto Butantan, um dos principais centros de pesquisa biológica do País e responsável por grande parte dos soros e vacinas produzidas no Brasil.
Aluna da 1ª série do ensino médio e também da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) para Altas Habilidades/Superdotação, Beatriz iniciou no segundo semestre do ano passado uma pesquisa sobre a história e a importância das vacinas. “A partir do momento do início da pandemia de Covid-19, tive a curiosidade de pesquisar sobre o assunto, até porque muitas pessoas estavam cheias de dúvidas”, relata.
Atrás de respostas de como elas surgiram, como se desenvolveram e como são produzidas, além da atuação dentro do organismo, Beatriz enviou ao Butantan no fim do ano passado um vídeo contando sobre seu projeto e a vontade de aprimorá-lo, acompanhado de uma carta de apresentação feita pela professora Regiane Zanoti e pela direção do colégio.
O vídeo e a carta chegaram à direção do instituto paulista, que convidou Beatriz a conhecer as instalações do Butantan durante as comemorações de 121 anos, em fevereiro. “Foi incrível. Não imaginava que um dia estaria lá. O mais importante foi a visita ao laboratório onde é produzida a vacina da Influenza [vírus da gripe], no qual vi todas as etapas e fui acompanhada pelo responsável da fabricação, que foi tirando todas as minhas dúvidas”, conta Beatriz, que fez a visita junto com a professora e a mãe.
Já com os novos conhecimentos adquiridos, a estudante está dando prosseguimento à pesquisa e espera apresentá-la tanto no seu colégio quanto no Butantan. “Eles já convidaram. Quando terminar, espero retornar lá”, conta. Durante a visita, Beatriz entregou dois quadros ao presidente do Instituto, Dimas Covas, e à diretora de Assuntos Estratégicos, Cintia Lucci, com ilustrações feitas pelos colegas da sala de Altas Habilidades/Superdotação da escola.
A professora exalta a dedicação de Beatriz, que iniciou sua participação na sala de Altas Habilidades/Superdotação ainda no modelo remoto, por meio de videochamadas. “Ela adora pesquisa, é detalhista e tem um comprometimento esplêndido. A coordenação do instituto inclusive fez um convite para uma bolsa de iniciação científica, então vamos entrar em contato para tentar concretizar isso”, revela.
Ainda em fase de descoberta, Beatriz já indica seu desejo para o futuro. “Eu gosto muito de Medicina, é meu foco, mas acabei de entrar no ensino médio, então vamos ver”, diz a jovem pesquisadora do Paraná.