Alimentos arrecadados pela Cesta Solidária começam ser distribuídos

Campanha promovida pela Superintendência Geral de Ação Solidária do Governo do Estado, em parceria com outros poderes e instituições, arrecadou 150 toneladas de alimentos. Caminhões com os mantimentos partiram neste final de semana de Curitiba para serem entregues a famílias em situação de vulnerabilidade social de todo o Paraná, que foram ainda mais impactadas pela pandemia do novo coronavírus.
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31/05/2020 - 10:35
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Caminhões lotados de mantimentos partiram neste final de semana de Curitiba para o Interior do Paraná. A carga tem destino certo: as mesas de famílias paranaenses que estão sendo impactadas pela pandemia do novo coronavírus. As cestas básicas que começaram a ser distribuídas nesta semana foram doadas na campanha Cesta Solidária Paraná, que arrecadou 150 toneladas de alimentos.

A campanha faz parte da força-tarefa Menos Eu, Mais Nós, da Superintendência Geral de Ação Solidária do Governo do Estado, promovida entre os dias 18 e 27 de maio em parceria com a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e empresas paranaenses também contribuíram com as doações.

Ao longo da última semana, servidores públicos e toda a sociedade se mobilizaram para entregar os alimentos e produtos de higiene e limpeza através de um sistema de drive-trhu, montado em diferentes cidades paranaenses.

Para a primeira-dama Luciana Saito Massa, que preside o Conselho de Ação Solidária, a doação de cada um foi fundamental para arrecadar uma quantidade significativa de alimentos, que fará a diferença na mesa das famílias mais vulneráveis. “Quero agradecer a cada um que fez parte, doou e ajudou a organizar e receber esses alimentos. Finalizamos essa campanha com um sucesso enorme”, disse.

DISTRIBUIÇÃO – A distribuição dos alimentos está sendo feita pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil desde a quinta-feira (28), começando pelos municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Agora, as cestas básicas seguem para o Interior, para serem entregues a famílias de todo o Paraná. Neste final de semana, os caminhões partiram rumo às regionais da Defesa Civil, que serão responsáveis pela distribuição nos municípios.

O chefe da Divisão de Gestão de Desastres da Defesa Civil, major Daniel Lorenzetto, que participa da distribuição das doações, destacou que o trabalho é feito a muitas mãos. “Logo que a arrecadação finalizou, iniciamos o processo de separação e distribuição das cestas, que vão contemplar famílias do Paraná inteiro”, disse. “Várias equipes estão fazendo as entregas nos municípios, organizando a logística de transporte e a distribuição nas casas”, explicou.

COMIDA NA MESA – Na sexta-feira (28), a entrega foi feita a famílias de Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e chegou até a casa de José Roberto da Silva, de 58 anos, para alimentar ele, a esposa e o neto de oito anos. A cesta básica foi um alento, já que Silva está há dois anos sem trabalhar, depois de um acidente que comprometeu sua coluna.

A dificuldade de pôr comida na mesa ficou ainda maior com a pandemia do novo coronavírus. “A cesta chegou em um momento que a gente estava precisando. Eu e minha mulher cuidamos do nosso neto desde pequeno e desde a cirurgia que fiz na coluna dependemos da ajuda de outras pessoas”, conta. “É uma ação muito bonita, as pessoas que têm mais condições estão ajudando quem precisa. A gente precisa muito, é dessa forma que a gente consegue comer”, disse.

AFETADOS – Além das famílias em situação de vulnerabilidade social, muitas pessoas que tinham trabalho viram sua renda diminuir por causa da pandemia e também serão beneficiadas pelas cestas básicas.

“Há cerca de três meses, famílias que não precisariam dessa ajuda, hoje estão em dificuldades. São pessoas que tinham seus empregos, comércio e vendedores ambulantes que precisam ser assistidas com a cesta básica e outros benefícios. A demanda é muito grande”, afirmou o coordenador do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Agudos do Sul, Claudinei Hitnak.

É o caso do autônomo Paulo Fernandes da Silva, de 34 anos, que trabalha como corretor imobiliário, mas viu os clientes diminuírem nos últimos meses. “Estou evitando sair de casa e não posso levar os clientes para visitar os imóveis, deu uma enfraquecida muito drástica”, contou. “Para nós é uma ajuda imensa, só minha esposa está trabalhando e também diminuíram a carga horária e o salário dela. A cesta básica vem em boa hora, por causa da situação que estamos”, completou.

 

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