Águas do Rio São José vão abastecer Cascavel a partir de julho

Nova estrutura ampliará em 25% a capacidade de tratamento de água no município. Estão em construção no local, no Distrito de São Salvador, a barragem no rio, as estações de bombeamento e um desarenador, que terá a função de retirar os materiais mais pesados da água, como areia e terra.
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07/01/2020 - 11:00
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As obras da nova captação de água de Cascavel tomam forma nas margens do Rio São José, que será um dos principais mananciais de abastecimento da cidade a partir de meados de 2020. Estão em construção no local, no Distrito de São Salvador, a barragem no rio, as estações de bombeamento e um desarenador, que terá a função de retirar os materiais mais pesados da água, como areia e terra. A nova estrutura ampliará em 25% a capacidade de tratamento de água no município.

O gerente-geral da Sanepar, Renato Mayer Bueno, diz que, com as obras em andamento e com os novos reservatórios, a Sanepar espera operar o sistema com mais tranquilidade em períodos de crise hídrica, de estiagens prolongadas e de mudanças climáticas. “Esperamos eliminar o risco de escassez de água, como tivemos em 2019, e manter o padrão de atendimento e de fornecimento de água para Cascavel”, destaca Renato.

A Sanepar tem outorga do Rio São José desde 2002 e, desde então, tem feito monitoramento da qualidade da água. Além de todos os critérios técnicos para a escolha do manancial, a proteção da mata ciliar ao longo do seu curso oferece melhor qualidade da água in natura.

Para chegar até aos consumidores toda a água ainda vai passar por processos de tratamento que seguem a legislação do Ministério da Saúde sobre potabilidade. Esse rio encontra-se no escopo do Plano de Segurança da Água que está em andamento na cidade. Todas as atividades na Bacia do São José estão sendo mapeadas e serão monitoradas para garantir água com qualidade e quantidade.

RIO CASCAVEL - Também estão em andamento as obras de ampliação da estação de tratamento de água e das estações elevatórias de água, localizadas nas margens do Rio Cascavel. O volume tratado pela unidade saltará dos atuais 200 para 750 litros por segundo. Estão em implantação novos filtros, floculadores, decantadores, sistema de dosagem e controle de produtos químicos, câmaras de contato e duas lagoas para depósito do lodo resultante do tratamento.

Para transporte da água estão sendo assentados mais de 14 quilômetros da adutora e será construído um reservatório para 2 milhões de litros. Os investimentos somam R$ 72 milhões para que Cascavel tenha a garantia de abastecimento por, pelo menos, mais 15 anos. No montante estão previstos todos os equipamentos elétricos, de tratamento e de automação.

NOVOS RESERVATÓRIOS – A cidade ainda vai receber novos reservatórios. Já foi licitada uma unidade metálica com capacidade de armazenamento de 2 milhões de litros de água para atender as regiões do Floresta, Riviera e Florais do Paraná, e vai melhorar as condições do abastecimento para os bairros Consolata, Brasília e Periollo. O contrato de fornecimento do reservatório metálico já foi assinado e, até junho, deve ser interligado ao sistema de abastecimento de Cascavel.

O Centro de Reservação do Bairro Esmeralda, instalado nas proximidades do Parque de Exposições de Cascavel, também vai receber mais um reservatório. Está em processo de licitação uma unidade para armazenar 2,4 milhões de litros, que vai ampliar para 7,2 milhões de litros a capacidade de reservação da região Oeste da cidade. Esse reservatório deve ser construído em aço e entrar em operação no início do próximo verão.

HISTÓRIA – Em estudo elaborado na década de 1990 foram definidas as áreas que seriam utilizadas para abastecimento público e quais seriam os cuidados necessários para garantir a qualidade da água dos rios. Em 2006, na aprovação do Plano Diretor de Cascavel, ficou definido que as bacias dos rios Cascavel, Peroba, Saltinho, que já compõem o sistema de abastecimento, e que os rios São José e do Salto seriam usados no futuro para o abastecimento da população. A mesma lei, que foi substituída pela 91/2017, estabeleceu critérios para uso e atividades nessas bacias.

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