Agricultura leva orientações
e distribui sementes e mudas

Evento do Dia Mundial da Alimentação foi realizado no Calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba.
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16/10/2019 - 15:20

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O Dia Mundial da Alimentação foi lembrado nesta quarta-feira (16), em Curitiba, com uma série de atividades no Calçadão da Rua XV de Novembro, no centro da cidade. Entre as várias barracas montadas para levar a população a refletir sobre o lema “Nossas ações são o nosso futuro”, estava a do Governo do Estado, com a presença do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), da Secretaria de Estado da Agricultura, do Instituto Emater, da Ceasa, e do Iapar.

O tema deste ano remete ao propósito estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir em 50% o desperdício de alimentos até 2030. “Todos precisamos colaborar nesta luta, pois cerca de um terço de tudo que é produzido no País acaba na lata do lixo”, afirmou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Não se pode tolerar isso, pois esses alimentos poderiam minimizar a fome de muitas famílias vulneráveis”, acrescentou.

“É fundamental que a população tenha um maior conhecimento do direito constitucional à alimentação adequada, bem como a abrangência do conceito de segurança alimentar e nutricional que perpassa desde a melhoria das condições de produção no campo e geração de renda para os agricultores, avança pelo abastecimento, qualidade da água e solo, sustentabilidade, consumo, até chegar no pós-consumo”, disse a diretora do Desan, Márcia Cristina Stolarski.

HORTA - A professora Sirlei Martins, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Iracema, instalado no Bairro Cajuru, em Curitiba, não escondeu o contentamento ao entrar na barraca. Enquanto recolhia folhetos explicativos sobre horta e alimentação saudável, ela comentou seu interesse. Quando chegou ao Cmei no início do ano viu que vários de seus alunos desprezavam o alface e o tomate dos sanduíches naturais que recebiam.

“Percebi que havia necessidade de fazer algo diferente”, disse. E fez. Reservou um espaço da escola para que seus 30 alunos começassem a cultivar uma horta. Depois de o projeto aprovado, agrônomos visitaram o local para ensinar técnicas de plantação agroecológica. “Começamos do zero, mas agora, quando chega o sanduíche, eles já perguntam se é da horta”, afirmou. “Eles estão aprendendo a mexer com a terra e gostam”.

Da mesma forma, a cuidadora de idosos Vercileide Aparecida Santana é apaixonada pela terra, com a qual lidava desde que morava em chácara da família em Palmital, na região central do Estado. Vivendo agora em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, ela passou pela barraca e saiu carregada com sementes de feijão e mudas de mandioca de cultivares produzidos pelo Iapar. No ano passado, ela já havia levado feijão. “De um pacotinho de semente colhi três litros de feijão natural”, contou.

“O interesse tem sido grande, as pessoas estão levando as sementes, que são bem apropriadas para as hortas urbanas, que é a nova moda”, disse a pesquisadora do Iapar Claudine de Bona. Ao seu lado, a engenheira agrônoma do Emater, Daniele Martins Sandri, passava do ensinamento sobre as hortas e distribuía receitas. “Tudo é feito pensando na segurança alimentar e nutricional”, afirmou. A Ceasa esteve presente com o programa Banco de Alimentos, distribuindo frutas à população.

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