Adapar realiza cerca de 100 mil exames sanitários por ano

Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, vinculado à Adapar, é um dos maiores do País, com 42 exames acreditados pelo Inmetro e reconhecidos internacionalmente. Eles ajudam a manter a saúde animal e a sanidade vegetal de boa parte dos produtos consumidos no País e exportados.
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13/11/2019 - 10:30

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O Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, vinculado à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), trabalha como apoio à defesa agropecuária do Paraná e realiza aproximadamente 100 mil exames por ano. Eles ajudam a manter a saúde animal e a sanidade vegetal de boa parte dos produtos consumidos no País e exportados.

Entre os laboratórios públicos, o paranaense é um dos maiores, com 42 exames acreditados pelo Inmetro e reconhecidos internacionalmente, além de ser credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para doenças incluídas nos programas oficiais de controle ou erradicação.

"A Adapar tem um laboratório de excelência que garante o suporte à atividade de vigilância e monitoramento da sanidade agropecuária paranaense”, salienta o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Os equipamentos modernos, que inclusive apresentam resultados online, e os servidores que ali atuam são uma segurança na detecção e auxílio no combate emergencial e rotineiro a qualquer doença", afirma ele.

“O trabalho realizado aqui complementa o sistema de fiscalização que é feito no campo para, dessa forma, garantir a qualidade dos alimentos tanto de origem animal quanto vegetal para o consumidor”, disse o gerente do centro, Rodrigo Gibrail Okar.  Além do atendimento prioritário à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, à qual é vinculado, e a programas desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Centro de Diagnóstico oferece serviços para particulares mediante pagamento de taxas.

A entrada nas dependências do laboratório, instalado no Setor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, é controlada para evitar qualquer contaminação das amostras que chegam do campo. Aventais próprios e protetores para os pés são obrigatórios. Em alguns locais, como no laboratório de análise da raiva, ninguém entra se não obedecer todo o protocolo de controle que inclui, entre outras ações, a vacinação e sorologia para comprovação de título de anticorpos.

COORDENAÇÕES - O Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti tem 28 profissionais, entre veterinários, agrônomos, biólogos e técnicos, além dos servidores administrativos. Ele é dividido em três coordenações: diagnóstico animal, diagnóstico vegetal e biologia molecular. Na área animal, há alguns trabalhos que ganharam maior importância, em razão da amplitude das doenças investigadas ou de políticas governamentais de sanidade ou econômicas. Entre elas estão a peste suína clássica, a influenza aviária, a salmonelose e a brucelose.

“Trabalhamos basicamente de duas formas. Uma delas é a parte de sorologia, que é a pesquisa de anticorpos, descobrir se o animal ficou exposto a uma doença indiretamente, ou seja, se ele tem anticorpos para aquela doença”, disse a médica veterinária Maria Constanza Rodrigues. “Mas também trabalhamos com a identificação do agente, saber se naquele momento em que o médico veterinário coletou a amostra no campo o animal estava com o vírus presente no organismo.”

Na área vegetal, o trabalho é para identificar pragas e doenças que atacam as plantas e que estão distribuídas em grandes grupos: insetos, nematoides, ácaros, bactérias, vírus e fungos. Eles são responsáveis por causar danos de interesse econômico à agricultura. Para auxiliar na identificação, o Centro de Diagnóstico tem uma coleção com mais de mil espécies de insetos, ácaros e outras pragas. “Eles são referência”, disse o engenheiro agrônomo Arlei Maceda. “Em vez de se debater com os livros vai na coleção e verifica se já está lá para definir a espécie por comparação.”

BIOLOGIA MOLECULAR - No apoio ao trabalho dessas duas áreas está o laboratório de Biologia Molecular, que concentra alguns dos equipamentos mais modernos da estrutura. Por meio de parceria, a Adapar recebeu um aparelho de alta precisão para diagnósticos por técnicas moleculares em tempo real do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar).

Segundo a médica veterinária Rosângela Rodrigues dos Santos, os aparelhos garantem maior rapidez e qualidade nos exames. Enquanto no sistema convencional seriam necessárias várias etapas de análise em diversos equipamentos, os novos concentram o trabalho, podendo processar até 96 amostras simultaneamente, e apresentam o resultado rapidamente, quase em tempo real. “A capacidade e a precisão de diagnóstico do laboratório foi aumentada”, afirmou Rosângela.

ENRIETTI – O Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti foi criado em 1983, com ampliação inaugurada em 2008. Nascido em São Paulo em 29 de outubro de 1913, Marcos Augusto Enrietti faleceu em Curitiba em 1981. Formado pela Escola Superior de Veterinária do Paraná, foi professor de Zootecnia Especializada na mesma instituição e, quando faleceu, ainda lecionava na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Paraná. Ele também se formou engenheiro agrônomo em Ahun, na França.

Em 1940, após estágio no Instituto Biológico de São Paulo, Enrietti influenciou seu padrasto, o interventor Manoel Ribas, a criar o Laboratório de Análises e Pesquisas (LAP), vinculado ao Departamento de Agricultura do Governo do Estado do Paraná. No ano seguinte, o laboratório transformou-se no Instituto de Biologia Agrícola e Animal (IBAA) e, logo depois, no Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas, dirigido por ele até 1960. A última alteração de nome e de estrutura jurídica e administrativa ocorreu em 1978, dando lugar ao atual Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

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Pecuaristas têm obrigação de atualizar cadastro de rebanho. Prazo termina no dia 30 de novembro

Os pecuaristas paranaenses têm prazo até o dia 30 de novembro para atualizar o rebanho de sua propriedade. A ação é obrigatória e está prevista no Decreto Estadual n.º 12.094/2014. Caso não seja feita até o fim de novembro, o pecuarista ficará impedido de movimentar os animais. Além disso, a legislação prevê penalidades, entre elas o pagamento de multa.

“O Estado do Paraná não vacina mais o rebanho contra a febre aftosa, mas continua obrigatório, a cada seis meses, renovar o cadastro de quantos animais o produtor com vistas a alimentar o sistema de vigilância. Pelo serviço de defesa agropecuária, a Adapar, o governo quer saber como o rebanho se movimenta para ter a possibilidade de agir pronta e eficazmente se houver um eventual problema”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Entre os animais que precisarão ser cadastrados estão bois, búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas, peixes, além do registro de quantidade de caixas de abelhas. O registro pode ser feito pela internet (veja o passo a passo), nos escritórios regionais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), no sindicato rural ou na unidade de atendimento agropecuária municipal.

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