Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participaram de um simulado de emergência zoosanitária contra a peste suína africana (PSA). O trabalho realizado na última semana reuniu serviços veterinários oficiais de todo o País e representantes internacionais, em Presidente Getúlio (SC).
A PSA é uma enfermidade viral e não oferece risco à saúde humana. No entanto, pelo alto grau de transmissibilidade, pode dizimar rebanhos de suínos, constituindo-se em uma das mais temidas mundialmente. O último foco registrado no Brasil é de 1981 e o País foi declarado livre da doença em 5 de dezembro de 1984.
Por não ter nenhuma vacina comprovadamente eficaz, a ação preventiva é muito importante. O exercício simulado em Santa Catarina imitou a ocorrência da doença, com o objetivo de treinar os serviços veterinários e avaliar a eficiência dos planos de contingência na eventualidade de foco real da PSA, minimizando impactos econômicos e sociais.
O Paraná, juntamente com o órgão correlato do Rio Grande do Sul, foi o que teve mais representantes. Participaram o coordenador de Sanidade dos Suínos da Adapar, João Teotônio, e os fiscais Patrícia Muzolon e Renato Pacheco Morferdini, além do representante do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarnes) e da Frimesa, Valdecir Mauerwerk.
Teotônio reforçou a importância do serviço veterinário oficial manter um know-how técnico para atendimento a enfermidades de alto impacto no agronegócio. “A defesa agropecuária robusta se faz com técnicos bem treinados”, afirmou.
Durante o simulado, ele foi o responsável pela coordenação operacional de campo com 136 médicos veterinários. “Foi um grande aprendizado e nos preparamos ainda mais para garantir a boa qualidade do rebanho”, disse.
Além da PSA, o Paraná é livre da peste suína clássica (PSC) e tem reconhecimento de bloco em separado, o que garante maior autonomia no caso de ocorrência da doença em outros estados da Federação com realidades diferentes da paranaense.
O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, também destacou a participação paranaense com técnicos da Adapar e da iniciativa privada. “Na vigência de uma emergência zoosanitária a parceria público-privada é essencial”, justificou.
Segundo ele, desde os focos de PSC no Nordeste do Brasil em 2018 e 2019, a Adapar sempre envia missões de auxílio no combate a doenças, o que acaba proporcionando experiências reais de campo aos fiscais paranaenses.