A Secretaria de Estado da Saúde tem ampliado ações para garantir visibilidade aos povos e comunidades indígenas paranaenses, sob a perspectiva de ampliar a cobertura e assegurar o acesso ao cuidado integral a estas populações. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que há cerca de 25 mil indígenas no Paraná. Destes, cerca de 17 mil vivem em aldeias em 30 municípios de 13 Regionais de Saúde.
O cuidado aos povos que vivem em centros urbanos é resguardado pelas equipes de Atenção Primária, organizadas pelo Estado e pelas prefeituras. Já aos aldeados os direitos são assegurados pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), composta pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). No Paraná, o órgão responsável é o Distrito Sanitário Especial Indígena Litoral Sul (DSEI LSUL).
Dentre as ações da Sesa nos últimos anos, foram promovidas oficinas, em parceria com o DSEI LSUL e Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), para a atualização de conteúdos relacionados ao atendimento na Atenção Primária à Saúde com ênfase em mulheres e crianças. Na APS, os destaques também são investimentos realizados na renovação da frota de veículos das prefeituras com mais de mil carros e aperfeiçoamento do trabalho dos agentes comunitários.
Outro ponto positivo vem das reuniões técnicas com as Regionais de Saúde, de modo a melhorar a qualidade da assistência e atendimento médico. Além disso, também são repassados recursos contínuos que impactam na atenção à saúde de toda população do município, incluindo os grupos indígenas. Esses incentivos vão desde transporte sanitário até equipamentos das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Outra vertente é a inclusão, nos documentos, notas orientativas e linhas de atenção promovidas pela Secretaria, de cuidados específicos para essa população. Um exemplo é a Linha de Atenção Materno Infantil, na qual se estabelece que a gestante e a criança indígena estão no risco intermediário, considerando condições de vulnerabilidade, garantindo, assim, agilidade do acesso a exames e consultas especializadas.
“O alinhamento com os órgãos federais e o diálogo com as populações indígenas são fundamentais para que possamos levar o atendimento para mais perto desse importante componente do povo paranaense’’, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
“Temos hoje no Paraná mais de 25 mil indígenas que merecem atendimento humanizado e amplo, com todo o respeito às práticas tradicionais de cada etnia. Por isso, é sempre válido estabelecer o contato com as Regionais de Saúde para que a atenção aos povos tradicionais seja melhorada cada vez mais, considerando todas as especificidades dessa população”, acrescentou o secretário.
COVID – A campanha de vacinação contra o novo coronavírus também alcançou grande adesão entre a população indígena no Paraná. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, aproximadamente 98% receberam a 1ª dose do imunizante. Já em relação às duas doses, o número é de 96%. No início do ano, as crianças indígenas também passaram a integrar o grupo de vacinados no Estado. Eles sempre estiveram entre os grupos prioritários e foram atendidos com todas as especificidades exigidas na campanha de imunização.