Os cães da Polícia Civil (PCPR) colaboraram na apreensão de 10,3 toneladas de drogas em todo o Paraná durante o ano de 2022. Estima-se que as ações tenham causado um prejuízo de R$ 1,1 milhão para o crime organizado.
Maconha foi a droga mais interceptada, com 9 toneladas, seguida de crack, com 560,4 quilos. As operações também resultaram na apreensão de 54 armas de fogo e 2.047 munições. Os cães auxiliaram, ainda, no cumprimento de 594 mandados de busca e apreensão e na prisão em flagrante de 297 pessoas.
A delegada Ana Cristina Ferreira Silva afirma que os cães atendem demandas da polícia em todo o Estado e que prestam apoio às demais forças policiais. “O uso de cães farejadores é fundamental nas ações policiais, pois temos economia de efetivo, aumentamos a segurança do policial e o êxito das operações”, completa.
Ao todo, 16 animais fazem parte do Núcleo de Operações com Cães da PCPR, que tem seis bases distribuídas em Curitiba, Cascavel, Maringá, Pato Branco, Londrina e Foz do Iguaçu.
Os cães e seus condutores passam por extenso e complexo treinamento baseado em situações reais, que permite que os cães saibam como agir durante as operações. No preparo feito por policiais civis, os animais são ensinados, por meio de técnicas de adestramento, a encontrar odores específicos de substâncias ilícitas ou armas.
Desde 2012 na unidade, o investigador Misael Nemecek é um dos precursores do canil da PCPR. Ele conta que durante o treinamento o cão aprende que o cheiro que deve detectar trará uma recompensa. “A partir do momento em que identifica o odor, o cão passa a emitir o comportamento ensinado pelo adestrador para mostrar que há algo no local”, explica o investigador.
Além de auxiliar no trabalho investigativo, os cães policiais também participaram de 51 eventos educativos, nos quais aconteceram interações com a comunidade e apresentações sobre o trabalho realizado.