Promover atividades de extensão universitária nas áreas de saúde, cultura e inclusão social. Esse é o objetivo da Operação Rondon Paraná, promovida pelo Governo do Estado, por meio das sete universidades estaduais. A edição de 2024, prevista para o mês de julho, foi lançada no fim desta sexta-feira (5), em Guarapuava, no Centro-Sul, região escolhida para receber as ações de aproximadamente 200 voluntários, também chamados de rondonistas, entre estudantes, professores, e profissionais da carreira técnica universitária.
O intuito é contribuir para o desenvolvimento sustentável e propor soluções para demandas e desafios das comunidades locais e regionais, principalmente em localidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O evento de lançamento reuniu prefeitos, vice-prefeitos e gestores públicos, que conheceram um pouco mais sobre os benefícios da Operação Rondon Paraná para os municípios.
Neste ano, as ações extensionistas da operação serão realizadas em até 14 cidades num grupo de 18 pré-selecionadas: Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Inácio Martins, Mangueirinha, Marquinho, Mato Rico, Palmital, Pinhão, Pitanga, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu, Santa Maria do Oeste, Turvo e Virmond. Após a reunião, a próxima etapa será a adesão dos municípios interessados, até 12 de abril.
Coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a iniciativa é inspirada no Projeto Rondon, do Ministério da Defesa. Na prática, a operação é uma oportunidade para que professores e estudantes universitários conheçam as realidades das comunidades e contribuam para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar da população. A programação irá abranger oficinas, palestras e atividades em várias temáticas, como cultura, direitos humanos, educação, saúde, tecnologia, meio ambiente e trabalho.
“Esta ação extensionista é uma amostra do que a universidade representa, aproximar a comunidade da academia de forma útil e que traga bons frutos para todos. A Seti, com as nossas universidades estaduais, está comprometida em promover melhorias para a sociedade paranaense utilizando o conhecimento e os aprendizados técnicos e sociais que a vivência acadêmica proporciona", afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
Para o vice-prefeito de Prudentópolis, Evaldo Hofmann Junior, a operação tem um papel importante para a promoção de cidadania e desenvolvimento sustentável. “Nós avaliamos de forma positiva essa iniciativa, pois é necessário levar às pessoas uma educação de qualidade, e sabemos que as universidades que fazem parte da Operação Rondon agem promovendo a inclusão para esse pessoal", destacou.
PRIMEIRA EDIÇÃO – A primeira edição estadual, em 2023, reuniu 372 ações extensionistas, que envolveram 14.732 pessoas. As equipes de rondonistas, formadas por 150 estudantes e 28 professores das sete universidades estaduais, percorreram sete cidades paranaenses no Litoral e da Região Metropolitana de Curitiba.
EXTENSÃO – Uma forma de interação entre as instituições de ensino superior e a sociedade, a extensão universitária acontece por meio da prestação de serviços, atividades culturais, eventos e cursos, que englobam diversas áreas do conhecimento. De forma efetiva, ela proporciona a interação das comunidades externas com o ambiente do ensino superior, resultando em benefícios, tanto para alunos que têm a chance de aplicar e expandir os conhecimentos específicos, quanto para a sociedade que ganha com a aplicação destes saberes.
Em 2022, o Paraná lançou a Política de Extensão Universitária para as instituições estaduais de ensino superior, com foco na transformação social e no desenvolvimento regional sustentável. Essa normativa orienta as diferentes ações extensionistas e possibilita a atuação estratégica e multidisciplinar das sete universidades estaduais, inseridas nos cenários regional, nacional e internacional.
INVESTIMENTOS – O Governo do Estado tem investido cada vez mais no fortalecimento dos projetos voltados para a extensão universitária. Na terça-feira (2) foram destinados R$ 9,7 milhões ao fomento de projetos desenvolvidos nas sete universidades estaduais. Iniciativas como as Universidades da Terceira Idade, e cursos preparatórios para os vestibulares de instituições de ensino superior ligadas ao governo são alguns exemplos. O público contemplado nas propostas inclui, além de idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Os recursos são direcionados às iniciativas associadas às áreas identificadas como prioritárias pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná), sendo elas Agricultura e Agronegócio; Biotecnologia e Saúde; Energias Inteligentes; Cidades Inteligentes; e Educação, Sociedade e Economia.