96% dos municípios do Paraná melhoraram taxa de alfabetização na última década

A proporção da população que sabe ler e escrever aumentou em 383 dos 399 municípios do Paraná entre 2010 e 2022, anos em que foram realizados os mais recentes recenseamentos demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, são 16 municípios com índices inferiores a 2%.
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22/05/2024 - 11:40
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A proporção da população que sabe ler e escrever aumentou em 383 dos 399 municípios do Paraná entre 2010 e 2022, anos em que foram realizados os mais recentes recenseamentos demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mais recentes do estudo comprovam a melhoria do índice em praticamente 96% das cidades, fazendo com que a proporção de analfabetos no Estado alcançasse a mínima histórica, caindo de 6,3% para 4,3% no período analisado.

Curitiba é a cidade do Paraná com melhor índice de alfabetização. Na capital paranaense, apenas 1,5% dos residentes com 15 anos ou mais são analfabetos. O número também faz da cidade a segunda mais bem classificada no indicador entre aquelas com mais de 500 mil habitantes, atrás apenas de Florianópolis, onde a taxa é de 1,4%. A redução na Capital foi de 0,6 ponto percentual.

Quatro Pontes, na região Oeste, é a vice-líder com 1,6% de analfabetos, seguida por Maringá, no Noroeste, com 2%. Rio Negro, na região Sul, e Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, completam o top 5 dos municípios com melhores índices no Estado ambas com uma proporção de 2,2% de analfabetos entre a população. No total, são 16 municípios com índices inferiores a 2%. Completam a lista Londrina, Mallet, Nova Santa Rosa, Araucária, Pato Branco, Paranaguá, Piên, Fazenda Rio Grande, União da Vitória, São José dos Pinhais e Ponta Grossa. 

Quando a comparação é feita com os índices de 2010, extraídos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o município que mais melhorou o seu desempenho em alfabetização foi Diamante do Norte, que registrou uma queda de 10,6 pontos percentuais no intervalo de 12 anos, caindo de 19,1% para 8,6% de analfabetos. As outras maiores quedas aconteceram em Imbaú (de 16,4% para 9%), Presidente Castelo Branco (de 12,4% para 5,2%), São Jorge do Ivaí (de 14,5% para 7,5%) e Altamira do Paraná (de 17,6% para 10,6%).

No total, 33 cidades paranaenses tiveram quedas superiores a cinco pontos percentuais entre 2010 e 2022. Dos 399 municípios, 279 tiveram uma redução proporcional igual ou acima dos dois pontos percentuais registrada pelo Estado.

POLÍTICAS PÚBLICAS – Para que os indicadores de alfabetização continuem melhorando até a erradicação do analfabetismo, o Governo do Estado instituiu em dezembro de 2022, via lei estadual, o programa Educa Juntos. A iniciativa tem como objetivo apoiar os municípios paranaenses na melhoria da aprendizagem e alfabetização dos estudantes desde a educação infantil.

Algumas das ações feitas desde então envolvem a distribuição de material didático de Língua Portuguesa e Matemática para professores e cerca de 180 mil estudantes, além da oferta do Sistema Educacional da Rede de Proteção para 296 municípios para monitorar a frequência dos alunos e combater o abandono escolar.

Em abril, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) promoveu o Seminário de Cooperação Pedagógica com Municípios. O evento reuniu cerca de 1.400 dirigentes municipais, coordenadores pedagógicos, articuladores regionais e equipes dos núcleos regionais de educação em Curitiba para tratar do Educa Juntos. O objetivo foi subsidiar os municípios na implementação de ações voltadas à aprendizagem, com foco especial nos métodos pedagógicos de alfabetização.

As prefeituras também passaram a usar o Registro de Classe Online (RCO), ferramenta que conta com quase 10 mil aulas editáveis (7,5 mil para ensino fundamental I e 2 mil para educação infantil) para os professores utilizarem o conteúdo da forma que preferirem, e a Prova Paraná, uma avaliação diagnóstica dos níveis de aprendizagem dos estudantes em relação aos conhecimentos considerados essenciais para cada etapa de ensino.

Outro incentivo do Estado é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade da Educação Básica que permite ao estudante retomar e concluir os estudos, promovendo, dessa forma, qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho e os meios para uma melhor compreensão de sua condição enquanto cidadão. Ano passado foram impactados mais de 76 mil estudantes nas modalidades presencial e EaD.

As instituições com oferta da modalidade EJA propiciam a conclusão em dois anos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) para pessoas a partir de 15 anos, além do Ensino Médio em um ano e meio para pessoas a partir dos 18 anos.

ANALFABETISMO – O índice de analfabetismo do Paraná está abaixo do índice nacional, que é de 7% de acordo com o levantamento – uma queda de 2,6 pontos percentuais em 12 anos. Entre os estados brasileiros, o Paraná ocupa a 6ª colocação. O ranking é liderado por Santa Catarina, que registrou 2,7% de analfabetos entre a população com 15 anos ou mais, seguida pelo Distrito Federal (2,8%) e São Paulo (3,1%). Com isso, a taxa de alfabetização do Paraná saltou de 93,7% para 95,7%.

Confira o comparativo das taxas de analfabetismo nos municípios, a partir da variação entre os dois Censos,  AQUI .

Errata: o texto foi atualizado na sexta-feira (24). Anteriormente ele trazia a informação de 68% dos municípios com redução nas taxas, que estava incorreta. Também foi anexada uma nova tabela com as informações corretas.

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