Um levantamento feito pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) demonstrou que desde o início da pandemia, em março de 2020, até a semana encerrada em 26 de abril, foram concluídos 1.321 trabalhos, dissertações e teses em várias áreas do conhecimento. Nos últimos 13 meses, a UEL formou 141 novos doutores, 402 mestres e 778 especialistas.
Os números surpreenderam porque representam praticamente os mesmos resultados de anos anteriores, sem pandemia, e, consequentemente, sem o impacto das medidas de distanciamento social obrigatórias.
O relatório da PROPPG mostrou, ainda, grande entrega de profissionais especialistas na área de Saúde, as chamadas Residências. Neste pouco mais de um ano, 83 médicos e 29 enfermeiros concluíram suas residências junto ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL. As outras residências de Saúde que também entregaram novos profissionais foram Farmácia (8), Fisioterapia (16), Odontologia (8), Medicina Veterinária (25) e Multiprofissional (14). Outros 595 profissionais concluíram seus programas Lato sensu (Especialização) na instituição.
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De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Amauri Alfieri, o relatório é satisfatório porque apontou um quantitativo muito próximo à normalidade. Na UEL, desde junho do ano passado as atividades de graduação estão sendo realizadas de modo virtual. No entanto, a Pós-Graduação seguiu um modelo diferente, alternando atividades acadêmicas online e presenciais, respeitando, evidentemente, todas as recomendações das autoridades sanitárias. “É uma demonstração clara que a universidade, mesmo com a pandemia, continua ativa”, afirmou.
Segundo o pró-reitor, tão logo o quadro de infestação do novo coronavírus impôs a necessidade de restrição de atividades presenciais, no início do ano passado, a própria Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, concedeu uma prorrogação de prazo para as defesas de dissertação e de tese. Mas, de acordo com ele, mesmo com essa dilação nos prazos de entregas dos trabalhos, os programas da UEL praticamente mantiveram o cronograma e as atividades de pesquisa.
Segundo o professor, a necessidade de distanciamento provocou alterações na rotina dos pesquisadores. Nas áreas que mantêm experimentos em laboratórios, por exemplo, as atividades têm ocorrido com pesquisadores trabalhando em sistema de revezamento, envolvendo desde os coordenadores, pós-graduandos e até estudantes de Iniciação Científica.
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Essas alterações, no entanto, não chegaram a prejudicar o andamento e os cronogramas, embora existam casos específicos de pequenos atrasos para, por exemplo, padronização de técnicas, desenvolvimento de metodologias e em algumas análises de materiais biológicos. “Não é nada que não seja contornável, os programas funcionam a contento. Não temos registro de reclamações nos colegiados de pós-graduação Strictu senso”, afirmou Amauri Alfieri.
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